sexta-feira, 1 de junho de 2012

MODELOS PLUS SIZE: A MODA QUE NÃO PEGOU


Cada dia mais a mídia reforça o ideal de beleza magérrimo para as mulheres, basta olhar nas revistas, desfiles, propagandas ou editoriais de moda. Quanto à moda ser sazonal não há argumentos, mas no caso das modelos o peso sempre diminui.

Às vezes esta tenta disfarçar suas imposições com campanhas como a lançada pela revista Cosmopolitan, em março deste ano, que colocou uma mulher que não era tão magra como as modelos das capas anteriores.

Seguidas por esse exemplo, a revista Elle Francesa, colocou uma modelo plus size na capa, mais conhecidas como modelos tamanho grande, desta vez, mais próximo da realidade das mulheres comuns. A modelo Tara Lynn, apresenta um corpo bem distribuído e dentro dos padrões de normalidade para reles mortais, ainda assim não bem distante do que se caracteriza como plus size.

Além da escolha das modelos o uso indiscriminado do photoshop nas fotos das revistas e vídeos promocionais, tornam cada dia mais distante a perfeição, fazendo com que as mulheres do mundo todo se arrisquem em uma odisséia de procedimentos sem fim.

Segundo o designer gráfico Gabriel Dietrich, a perfeição na moda é essencial, nos vídeos e fotos de moda, nem mesmo os joelhos das modelos tem rugas, portanto sendo impossível alcançar o padrão de beleza, já que nem mesmo a modelo é da maneira que nós vemos nas bancas.

Houve quem apostasse que a moda das modelos GG fosse pegar, mas parece que o que realmente agrada aos olhos das pessoas e da moda ainda sim é o produto da subnutrição custe o que custar.

Por: Flavia Büchli - RA: A278FJ-2
Grupo: Ditadura da Beleza

LEI SECA E FAIXA DE PEDESTRE DIMINUÍRAM EM 37% OS ACIDENTES EM TODO BRASIL

Desde 2011 os Brasileiros têm sido mais responsáveis no trânsito
Foto: Reprodução

As estradas do Brasil estão cada vez mais esburacadas e a falta de manutenção, tanto de limpeza como de sinalização tem prejudicado o uso das rodovias. Fernão Dias, Regis Bittencourt, e Ayrton Senna são algumas das mais usadas pelo sul, e sudeste do país. Somente nas festas de final de ano, de 2011, cerca de 460 pessoas morreram nessas rodovias, mas não é somente a precariedade delas que tem causado acidentes. A infração e irresponsabilidade de alguns motoristas têm contribuído para isso.

Segundo a lei n° 11.705, a Lei Seca, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, proíbe o consume de qualquer quantidade de bebida alcoólica por condutores de veículos. A partir de agora, motoristas flagrados excedendo o limite de 0,2 grama de álcool por litro de sangue pagarão multa de 957 reais, perderão a carteira de motorista por um ano e ainda terão o carro apreendido. Para alcançar o valor-limite, basta beber uma única lata de cerveja ou uma taça de vinho. Quem for apanhado pelos já famosos "bafômetros" com mais de 0,6 grama de álcool por litro de sangue (equivalente três latas de cerveja) poderá ser preso.

A lei conseguiu reduzir cerca de 37% dos acidentes em 2011, mas ainda possuem falhas que deixam de punir que a desrespeita. O site naofoiacidente.com está com a campanha de conseguir 1.300.000 assinaturas para tornar mais rígida a lei, porém o álcool ainda não é o único causador de vitimas no trânsito. A blitz que a Polícia Rodovia faz nas estradas, constata que muitos ainda dirigem com excesso de passageiros, veículos sem revisão ou em péssimo estado, sem carteira de motorista ou com ela vencida.

O DETRAN(departamento estadual de trânsito) realiza cursos de reciclagem para motoristas que por ordem judicial tem de cumprir ou por pontos perdidos em suas carteiras de habilitação. Porém, muitas auto-escolas já têm adotado essa ideia e oferecem o curso em horários variados e de curta duração.

O Policial Militar Leonardo Fernando Borges, relata que imprudência no trânsito ocorre todos os dias. “Isso só reforça a ideia de que no trânsito a atenção precisa ser redobrada, e a imprudência não pode acontecer com essa freqüência. Um acidente acontece a cada seis minutos, e a cada vinte acidentes, doze são com vitimas fatais. Na maioria dos casos são filhos que pegaram o carro dos pais, jovens que voltavam de festas, e ultrapassagem em farol vermelho”, diz.

O Governo Federal tem criado leis para acabar com esses índices tão altos. Como a lei da Faixa de Pedestre, Lei Seca e em São Paulo, todos os veículos tem que passar por inspeção anualmente pelo CONTROLAR. Sem a certificação o motorista pode ser multado e perder pontos na carteira. As leis existem para ser cumpridas e com vigor. Resta torná-las um habito ou conscientização, tanto da parte de quem as impõem ou de quem as cumpre.

Por: Jacquelinne Rodrigues - RA: 4728165
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TRATAMENTO DIÁRIO DE DEFICIENTES FÍSICOS AUMENTA A QUALIDADE DE VIDA


Entidades como a AACD, PESTALOZZI, e CASA HOPE oferecem tratamento gratuito a crianças e adolescentes
Foto: Reprodução

No Brasil cerca de 15% da população possui algum tipo de deficiência física segundo o IBGE 2011. A Policia Rodoviária Federal publicou no mês de março de 2012,que ocorrem cerca de 723 acidentes por dia nas estradas brasileiras, o que pode alavancar ainda mais o índice de mortalidade ou deficiência.
O abalo mental de um portador de deficiência pode se tornar irreversível se não for tratado com acompanhamento médico e psicológico. A fisioterapeuta Ana Carolina Rodrigues conta que mesmo o quadro de um paciente sendo grave ele precisa de tratamento e exercícios diários. “A parte do corpo lesionada precisa de estímulos constantes para tentar devolver alguma sensibilidade e evitar o atrofiamento, aumentando em 50% a qualidade de vida do paciente”, diz.

O primeiro passo é o portador aceitar sua condição de deficiente e se adaptar a sua mobilidade. Pois alguns casos os pacientes desistem de viver e acabam se entregando a depressão. Depois a reabilitação é o mais importante. Existem no Brasil centros especializados que dão suporte aos pacientes e familiares gratuitamente. Podem ser eles a PESTALOZZi, CASA HOPE, e também a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), que é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que trabalha há mais de 61 anos pelo bem-estar de pessoas com deficiência física. Ela nasceu do sonho de um médico que queria criar no Brasil um centro de reabilitação com a mesma qualidade dos centros que conhecia no exterior, para tratar crianças e adolescentes com deficiências físicas.

Orlando Cunha da Silveira, médico ortopedista do Hospital do Mandaqui em São Paulo, diz que as informações que a internet, jornais e revistas tem publicado sobre os tratamentos e ajuda especial aos deficientes tem despertado interesse na sociedade e feito com que mais portadores vão à procura de tratamentos específicos. “Hoje em dia pessoas de todo o país vão a procura desses tratamentos que tem se tornando cada vez mais especializados e modernos. Os profissionais que prestam serviços a essas entidades são selecionados criteriosamente e se comprometem com o dever de se dedicar ao tratamento e reabilitação e bem estar dos pacientes e principalmente com a vida”, conta.

A reintegração do paciente na sociedade pode devolver a ela a sensação de cidadania e importância como individuo. Algumas empresas e multinacionais já possuem um percentual de vagas reservados especialmente para deficientes, o que tem ajudado na inclusão e auto-estima do portador. Uma grande maioria tem lançado livros contando sua história de vida para incentivar familiares e outros portadores que tem passado pela mesma situação.O que ainda faltam são campanhas de conscientização para que ninguém os veja como coitados, ou super-heróis de conseguirem fazer algo simples como trabalhar, dirigir ou ser mãe.


Por: Jacquelinne Rodrigues - RA: 4728165
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BRASIL JÁ TEM 117 VAGAS PARA JOGOS PARAOLÍMPICOS DE LONDRES

A categoria ainda não possui grande espaço no esporte, mas recebeu o apoio da ONU

Foto: Reprodução
Os jogos Olímpicos já estão logo aí. A partir de agosto de 2012 a cidade de Londres, Inglaterra, terátodos os holofotes virados para atletas que em cada categoria buscam o mais perto da perfeição, se tornando deuses, e eternizados com seus tempos, recordes e marcas em seu esporte.

O que muitos se esquecem é dos jogos Paraolímpicos, que acontecem logo em seguida dos Olímpicos, mas que ainda não tem a mesma dimensão e espaço na mídia como o original.A diferença entre os dois são poucas. Talvez a capacidade física, motora ou mental do atleta, porque o desempenho de ninguém deixa a desejar.

A luta de um atleta Paraolímpico não começa quando ele entra em cena nas disputas por medalhas, mas sim quando ele tem que lutar contra seu próprio preconceito e aceitar sua condição de deficiente. O atleta velejador Lars Grael que perdeu a perna direita em um acidente enquanto estava no mar, contou em entrevista a revista Veja na edição de maio de 2004, que,hoje ele se sente uma pessoa melhor. “Sou mais feliz do que pensa a maior parte das pessoas que me veem na rua e me consideram um coitado”, disse.

A sensação de um deficiente conseguir nada sozinho, correr, ou até jogar futebol sem ao menos ver a bola, pode ser descrita por qualquer um deles como uma sensação de liberdade. A nadadora Fernanda Lima, que hoje já é nadadora aposentada diz que quando estava na piscina ela era apenas mais uma, e não uma mulher em cima de uma cadeira de rodas. “Eu tinha de volta a liberdade que me foi tirada. Aqueles 50 metros eram os melhores da minha vida porque não precisava de ninguém. Era apenas eu e a água”.

Durante o evento dos jogos algumas instituições dão apoio e suporte aos atletas com médicos e psicólogos. A AVAPE, instituição focada na inclusão de pessoas com deficiência, é uma instituição filantrópica de assistência social, que atua no atendimento a pessoas com todo tipo de deficiência, advindas, também, de comunidades de alto risco social. A organização acredita que a inclusão social passa pela reabilitação global do indivíduo. Para isso, oferece apoio multidisciplinar às pessoas com deficiência, que engloba desde a prevenção, reabilitação clínica, orientação sobre o convívio familiar e social, reabilitação e capacitação profissional, inserção no mercado de trabalho, além de prestar consultoria e treinamento a empresas para adequação dos postos de trabalho para pessoas com deficiência. Fundada em 1982 na região do ABC, em São Paulo, é considerada entidade modelo, tendo sido a primeira no mundo a receber o certificado ISO 9001.

O que prejudica o desempenho e incentivo desses atletas são as poucas competições que acontecem e a falta de patrocínio. Os treinamentos ocorrem toda semana, para as competições acontecerem a cada cinco ou seis meses. Segundo a fisioterapeuta Ana Carolina Rodrigues isso leva ao desgaste físico e mental do atleta. A ONU (organização das nações unidas) reforça a importância dos jogos. “Os Jogos Paraolímpicos são um exemplo vigoroso do que é possível alcançar quando cada um tem a possibilidade de participar e revelar o seu pleno potencial”, declarou. Isso só reforça a importância de se dar a mesma atenção e oportunidade a quem ainda tem muito a mostrar.

Por: Jacquelinne Rodrigues - RA:4728165
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O Morro do Santa Marta vive dias de paz com o trabalho da UPP


Santa Marta
A comunidade do Morro Santa Marta vive hoje uma realidade bem diferente à que existia no morro antes da instalação do programa das UPP (Unidades Pacificadoras Policiais). Agora é possível ver no morro pessoas transitando pela comunidade sem medo de serem atingidas por balas perdidas, sem se preocuparem se haverá algum toque de recolher, determinação que constante era feita pelos bandidos nos anos de domínio do tráfico, e sem pensar se ao amanhecer o morro irá acordar cheirando a sangue. Isso hoje é um passado que parece a cada dia ficar mais distante, graças ao trabalho desenvolvido pela polícia, que devidamente treinada para o trabalho da pacificação, hoje consegue oferecer aos moradores segurança e paz para viver no Santa Marta.

 O trabalho da UPP teve início em novembro de 2008, passou por várias etapas, desde o turbulento inicio de retomar o controle do morro que por muitos anos foi controlado pelos traficantes que ditavam no morro as leis mais cruéis de violência e morte, o difícil trabalho de ganhar a confiança dos moradores do Santa Marta que inicialmente não se simpatizavam com a polícia do Estado do Rio de Janeiro, pelo fato de anteriormente a polícia agir de forma truculenta ao invadir o morro para combater o tráfico, que muitas vezes gerava morte de inocentes, os moradores não confiavam no trabalho policial, mas ao decorrer do desenvolvimento do trabalho da UPP dentro do Santa Marta, os moradores puderam observar que o morro com a pacificação se tornou um lugar mais tranquilo para se morar, o que se enxerga na comunidade é que a esperança de paz enfim é algo próximo para seus moradores.

A major Priscilla Azevedo, comandante da UPP na época da pacificação, ganhou das mãos da secretária do Estado americano Hillary Clinton o premio internacional “Mulheres de Coragem – 2012”, que contou também com a presença da primeira dama Michelle Obama, a condecoração mostra que o trabalho da UPP é de tanta importância social que o reconhecimento desta árdua tarefa diária já ganhou admiração internacional. 

 Os moradores relatam que ainda há muito o que ser feito pelo morro Santa Marta, a comunidade ainda tem muitos problemas além da violência, em muitos lugares da comunidade ainda falta água encanada, esgoto tratado, luz nos postes e muitos outros pontos em que o governo precisa trabalhar para fazer deste Morro, que leva o nome da santa que lá do alto observa sua comunidade, um lugar decente para se viver, mas não há sombra de dúvidas de que o passo dado com a instalação da UPP é grande e que o mesmo trabalho que está sendo bem sucedido no Santa Marta pode ser levado para todas as outras tantas comunidades existentes no Rio de Janeiro, basta incentivo e vontade de trabalhar pelo bem das pessoas que vivem nos morros.  

Por: Cayque Parente

quarta-feira, 30 de maio de 2012

MULHERES GUERREIRAS

O papel da mulher no comércio informal de alimentos em São Paulo
Vendedora ambulante de alimentos no centro de São Paulo
Foto: Reprodução


A mulher com o passar dos anos vem demonstrando suas capacidades e habilidades em ganhar seu próprio dinheiro, ajudar nas despesas em casa e em muitos casos sustentar a família sozinha. Criou uma independência feminina e o poder de liderança, transformou seus valores e reconhecimento na sociedade.


Para Miriam Simões Cândido, Psicóloga e autora do trabalho "Mulheres guerreiras": identidade feminina e profissional entre vendedoras ambulantes da cidade de São Paulo pela Universidade de São Paulo (USP), o papel da mulher nestes casos é de grande importância, pois é através dele que uma grande camada da população tem encontrado sustento, principalmente em momentos de maior índice de desemprego. Há décadas essas mulheres ocupa lugares de importância produzindo aquilo que para elas já fazia parte de suas atribuições, o preparo de alimentos.


Ela conta que em sua pesquisa de campo as mulheres apontaram o fato de serem independentes, sem um patrão para quem dar satisfação, poderem cuidar dos filhos, uma vez que podem levá-los com elas caso haja necessidade e também a diversidade de contatos.

Ela percebeu que a maior dificuldade dessas mulheres está relacionada à ação de fiscais, com abordagens desrespeitosas e também ao cansaço provocado pela dupla jornada de trabalho. Ela acredita que com a evolução do tempo, pode diminuir esse mercado de trabalho entre as mulheres, pois elas afirmaram que quase não têm lazer e descanso, que suas jornadas são árduas e que este caminho foi escolhido pela falta de escolaridade, falta de emprego formal e preconceito e que este sacrifício que fazem é para que seus filhos tenham um futuro diferente e as mais jovens estão em busca de uma qualificação profissional.

Margareth Avelino, 47 anos, trabalha em confecção de brinquedos durante o dia e ainda encontra tempo para fazer bolos caseiros e vender para conhecidos e comerciantes pelas ruas. Um dom que foi passado pela sua mãe traz para a família um dinheiro extra e com o seu talento, Margareth nem precisa divulgar, pois as próprias pessoas próximas a ela fazem isso e diz que adora o que faz.

Para Ligia Maria da Silva, Psicóloga, o panorama é diverso, a mulher continua ocupada com os afazeres do lar e ainda sai para o trabalho externo. Quanto à rotina, elas precisam conciliar o trabalho doméstico com o trabalho exercido fora de casa. Ela ressalta a importância desses pequenos atores econômicos que todos os dias se propõem a enfrentar dias de sol, chuva e vento, com o enfrentamento incerto de trazer um bom resultado econômico para seus lares.


Por: Adriana Catosio Cerri - RA: A24JFA-6

Grupo: Comércio informal de alimentos em São Paulo

KARAOKÊ: DO ENTRETENIMENTO AS COMPETIÇÕES, O REFLEXO DA PAIXÃO PELA MÚSICA

Foto: Reprodução
Soltar a voz sem medo e na companhia dos amigos. Pode parecer brega, mas no bairro da Liberdade em São Paulo, o karaokê é a principal atração da noite nos bares. A empolgação que é vista nesses lugares surgiu sem grandes pretenções, há quase 30 anos na cidade de Kobe, no Japão.

Era apenas para solucionar o problema de uma noite perdida em uma casa de shows. A falta de um guitarrista fez com que o proprietário do lugar arranjasse fitas cassetes com músicas para acompanhar os vocalistas da banda.

A solução inesperada não foi registrada e acabou virando moda em outros bares da cidade. Batizada oficialmente de karaokê (cantar sem orquestra), a grande idéia só comprovou o gosto dos japoneses pela música. Cantar é uma tradição para eles, e por incrível que pareça ter o fundo musical ou saber cantar não é o mais importante.

Após a descoberta, surgiram as competições com orquestras. Elas encrementavam os eventos em que o público tinha que deixar a vergonha de lado e cantar. Os mais sofisticados aconteciam por todo país. Esses eventos ganharam o nome de "nodjiman", que significa orgulhar-se da garganta. E que orgulho, já que japonês nenhum ficava sem cantar nessas festas.

As competições apareceram por aqui na década de 70, em São Paulo (cidade que tem a maior colônia japonesa do país). E não poderia ser em outro lugar, a Liberdade era o palco para os eventos que começaram de maneira improvisada e fizeram sucesso.

Na época, eles usavam apenas playbacks de músicas japonesas e as mais populares inglesas. Os hits dos Beatles eram os preferidos.

O repertório era bastante variado e com o tempo foi se aperfeiçoando. Pequenas orquestras como Heibon Band, Universal, Aozora Gakudan, Românticos de Tokyo e Orion Band acabaram consagradas.

Um dos últimos concursos aconteceu no Festival Royal Japan, em 1986. Com o fim das festas tudo mudou e o karaokê perdeu espaço para os equipamentos mais sofisticados (a maioria de uso doméstico). Apesar disso continua sendo uma boa opção para juntar os amigos nos fins de semana. Nada é como antes. Mas pode acreditar, a animação é garantida.

Por: Marianne Perfetto - RA: A23013-0
Grupo: Revista Gaijin SP

COM A QUEDA DO DIPLOMA, ESTUDANTE MUDA DE PROFISSÃO

Yasmin Fronteira desiste do curso de jornalismo em busca de reconhecimento profissional

Foto: Reprodução
Ao ingressar na faculdade, um dos principais sonhos dos estudantes é concluir o curso e garantir o seu diploma. Em 2009, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu pela não obrigatoriedade do certificado de conclusão do curso de jornalismo e isso trouxe várias mudanças para estudantes e profissionais da área.

Uma dessas mudanças foi o desincentivo ao estudo pelos alunos de comunicação social. Uma prova disso é a estudante Yasmin Fronteira, que devido à queda do diploma de jornalismo, desistiu do curso, no 4º ano, na etapa final, e decidiu optar por outra área. “Não concordo com a decisão por desestimular os estudantes, assim como eu me desestimulei pela área, o que ocasionará provavelmente a extinção da profissão”, discorda Yasmin. “Por que vou continuar uma graduação se o próprio governo não reconhece a importância da mesma? Não tinha sentido”, disse.

Mas, essas mudanças não se restringem apenas aos estudantes, amadores e profissionais também sofrem com essas conseqüências. As empresas ainda não se adaptaram a essa nova lei. “Essa decisão desvaloriza muito os profissionais já formados, apesar de que não acredito que empresas de credibilidade valorizem mais uma pessoa sem conhecimentos do que um profissional graduado”, afirma Yasmin.

Considerando a adaptação das empresas, a estudante acredita que os amadores irão se beneficiar com essa mudança. Com a nova regra, poderão levar suas informações para todos os veículos, principalmente pela internet (em blogs, redes sociais e sites). “É desleal com quem estudou quatro anos para adquirir uma especialização na área e ela não servir para nada. Uma pessoa sem conhecimentos técnicos e éticos toma o lugar de quem está preparado.”

Devido a todas essas conseqüências trazidas pela queda do diploma, hoje, Yasmin cursa direito, e segundo ela, não pretende voltar a cursar jornalismo. “Eu quero uma profissão em que o meu trabalho possa ser reconhecido.”

Por: Andreza Poli - RA: T739BE-1
Grupo: A Queda do Diploma

ALZHEIMER NO DIA A DIA: É POSSÍVEL LIDAR COM O PORTADOR?

Paciência e carinho são as chaves para construir uma boa relação com o doente
Paciência e carinho são as chaves para construir uma
boa relação com o doente
Foto: Reprodução

Teimosia, esquecimentos e agressividade. Tais sintomas dificultam a relação de um doente com Alzheimer com a sua própria família. Aprender a conviver com tais condições torna-se imprescindível para que o ambiente familiar seja agradável.

Para Ivete Marra, exercer a paciência foi de grande importância para enfrentar as dificuldades de convivência com sua mãe, portadora do Alzheimer. ‘’No início eu não entendia o porquê de tanta teimosia. Achava que ela fazia as coisas por birra e chegava a ficar com raiva. Mas, hoje eu entendo que esse comportamento é proveniente da doença e procuro amenizar a situação concordando com ela, mesmo que a situação pareça absurda pra mim’’, explicou.

Já para Carlos Romero, cabeleireiro que cuida do pai com alzheimer há 10 anos, o segredo para lidar com o doente é o carinho. ''A partir do momento que você entende que a pessoa não tem mais o controle da própria mente e que se ela fizer xixi na calça repetidas vezes não é algo que ela tenha noção, que ela perde a orientação do certo e errado, você entende a gravidade do Alzheimer. Só com amor e carinho podemos superar a díficil tarefa de cuidar do doente'', declarou.

Causando degeneração progressiva do cérebro e forte perda de memória, o Alzheimer torna-se uma doença ''familiar'' porque atinge não só o doente mas todas as pessoas e a estrutura a sua volta.

''Informar-se também é importante. Quanto mais se sabe, melhor se cuida'', afirmou Carlos.

Por: Renata Bars - RA: A2277D-0
Grupo: Documentário: Alzheimer

terça-feira, 29 de maio de 2012

A BELEZA NOS OLHOS DE QUEM VÊ

A fórmula da beleza
Foto: Reprodução
O que é considerado bonito varia de acordo com a percepção, cultura e valores de cada um. Porém a mídia está ai disseminando através de: programas de TV, novelas, filmes, internet e entre outros. 

Entre um grupo de amigos, por exemplo, contendo seis pessoas, supondo que uma delas segue o padrão estético de magra, altura mediana, cabelos lisos e olhos claros. Aparentemente na descrição á pessoa é bela, mas duas pessoas do grupo não a acham bonita.
A conclusão que podemos tirar é que muitas vezes o que é atraente pra mim, não será pra você. E assim isto varia de acordo com a percepção de cada um, o ditado prevalece nesse caso, o que seria do amarelo se todos gostassem do azul.

Mais o que é beleza? Conforme o dicionário é a combinação de qualidades que impressiona o outro, digno de admiração, atraente e sedutor. A beleza pode ser definida pelos traços físicos, um padrão universal, de cada cultura e sociedade. A moda decide esse assunto muito rápido, de tempo em tempo, o que é belo muda.

Para Platão: "A beleza é a compreensão que cada pessoa, é capaz de formular sobre um conceito. Na Grécia de Platão a noção de belo foi exaustivamente estudada, conceituada e venerada. Formulou matematicamente uma definição, através de escalas e algoritmos se determina o que é feio e o que é bonito. As medidas devem estar dentro da proporção que se encaixam nos modelos determinados".

Já Aristóteles define: "Não pode ser belo algo pequeníssimo, a visão confunde se for exercitada em um tempo quase imperceptível, e o grandíssimo escaparia do olhar". Então o tamanho tem que ser de visão abrangente.

O cirurgião plástico Stephen Marquardt criou uma mascara de beleza facial, baseada em simetria,  que determina a proporção áurea de 1:1,618. A proporção áurea é uma constante algébrica, também chamada de número de ouro que está relacionada com a natureza do crescimento e é referente às proporções do corpo humano. Os rostos que se encaixam nessa mascara são julgados como belo.

Por: Vinicius Camargo - RA: 445120-1
Editora: Flavia Büclhi - RA: A278FJ-2
Grupo: A Ditadura da Beleza

Assessoria 2.0

Comunicação nas redes sociais traz vantagens para agências, empresas e veículos

Rodrigo Capella: “Todo comunicador deve utilizar as redes sociais”
Foto: Reprodução
Agências de comunicação, profissionais da comunicação corporativa e jornalistas têm cada vez mais opções para aprimorar o intercâmbio de informações, contato com fontes, leitores e demais stakeholders.

Se antes o único acessório de comunicação das assessorias era o ancião fax modem e o tradicional telefone, depois do desenvolvimento das ferramentas de email, websites próprios e, finalmente, a internet 2.0 e as redes sociais, os profissionais têm hoje em sua mão um leque diversificado e refinado de ferramentas para comunicação entre agências. Empresas veículos.

Desde 2010, com a disseminação do twitter no Brasil, muitos jornalistas passaram a buscar auxílio nessa rede para buscar informações e fontes. Foi observando essa demanda que o relações públicas Gustavo Carneiro criou, sem qualquer investimento, o twitter do Ajude um Repórter. De início, apenas agregava as demandas dos jornalistas e ajudava a divulgar na rede, para que eventuais fontes pudessem ajudar, responder, participar das pautas. “Atingi 200 seguidores somente na primeira semana”, conta.

Dez meses e nove mil seguidores depois, Gustavo resolveu criar a plataforma Ajude um Repórter. Uma rede exclusiva para jornalistas e fontes se encontrarem. Os fundos para o desenvolvimento da ferramenta foram levantados de forma colaborativa (crowdfunding) e os trabalhos continuam “a ideia é continuar o desenvolvimento do sistema, adicionando funcionalidades que gerem receita para a manutenção da infraestrutura e também aperfeiçoar as já existentes. Uma das principais ideias é adicionar um banco de pautas que fiquem disponíveis aos repórteres”, revela.

Segundo o criador, apesar do nome, a ferramenta ajuda outras pessoas a ajudarem os repórteres. “Inúmeras vezes, o repórter procura algum especialista em determinado assunto para alguma matéria que já está em produção. Como informamos o que o repórter precisa, no momento que ele precisa, e ainda criamos um canal direto de comunicação, fica muito fácil para qualquer pessoa que tenha conteúdo a ser compartilhado e possa contribuir para essas matérias e figurar como referência em veículos de alcance nacional”. Dessa forma, não apenas os veículos ganham em se cadastrar na ferramenta em busca de fontes. Fontes, agências e empresas também podem se beneficiar ao se cadastrarem, pois, além de entrar em contato direto com as solicitações de imprensa, ficam disponíveis no banco de fontes da ferramenta.

Para Gustavo, a utilização das redes para a comunicação jornalística é algo que veio para ficar e se desenvolver. “As redes sociais são fruto do desenvolvimento tecnológico, que tornou possível coordenar grandes esforços de comunicação a um custo muito menor do que era possível antes delas”, explica. “Hoje podemos falar de inbound marketing, estudar perfis sociais dos jornalistas antes de enviar um release e formatar a mensagem de uma forma muito mais apropriada, aumentando as chances de sucesso”.

Foi pensando nessa formatação inovadora da mensagem que o jornalista, professor, assessor de imprensa e profissional das redes sociais Rodrigo Capella vem desenvolvendo em seu trabalho o Release 2.0.

“Os comunicadores precisam, cada vez mais, conhecer as novas ferramentas digitais, precisam também se capacitar, saber como atuar nelas”, explica. Nesse sentido, o release 2.0 é um diferencial para as agências, pois oferece ao jornalista elementos e informações complementares, por meio de podcast, vídeo-release, texto, fotos etc. “Tudo isso reunido em uma página. Isto facilita o trabalho do jornalista que não precisa mais ligar para as assessorias e solicitar o material. Basta clicar o mouse e baixar tudo, com grande agilidade”, conta.

Para Rodrigo, as redes sociais são cada vez mais indispensáveis para os comunicadores, de forma geral. “Todo comunicador deve utilizar as redes sociais. Com ela, podemos conhecer outros mundos, descobrir entrevistados, aprimorar conhecimentos”. Nesse sentido, é otimista. “Cada vez mais os jornalistas estão antenados e preparados para atuar nas redes. Acredito que as universidades também já estejam investindo nesse aprendizado. As assessorias podem aproveitar este canal para propor pautas e também ações diferenciadas”, completa.

Por: Amanda Voltolini - RA: A6364D-6
Grupo: Comunicação Corporativa nas Redes Sociais

MULHERES INVADINDO OS OCTÓGONOS

Cristina não abre mão do bem-estar proporcionado pelo MMA
Foto: Márcia Mayumi
O “vale tudo”, ou mais conhecido como MMA (Mixed Martial Arts), sigla em inglês que significa mistura de artes marciais (como jiu jitsu, boxe, muay thai entre outros) é a modalidade esportiva que mais cresce no mundo.

Com o crescimento meteórico da modalidade que movimenta milhões de dólares, o esporte criado por brasileiros (família Gracie na década de 1920), ganhou visibilidade mundial.

O MMA era um esporte, até pouco tempo, praticado exclusivamente por homens. Com sua popularização, gerou uma procura muito grande por aulas de artes marciais nas academias em todo país.

As mulheres começaram a se interessar pelo esporte e, cada vez mais, o octógono tem sido ocupado pelas lutadoras. E aquelas que se encantam com o MMA, ganham destaque, profissionalizam-se e lutam em torneios no Brasil e no exterior.

A campeã mundial é uma brasileira, Cris Cyborg, que reside nos Estados Unidos. Atualmente cumpre uma suspensão de um ano, pelo uso de substância proibida acusada pelo exame anti-doping. Cyborg, para a tristeza dos fãs, deve voltar aos octógonos somente em 2013.

Mas a maior parte das mulheres começa a prática da modalidade impulsionada pela curiosidade, para ganhar autoconfiança, em busca dos benefícios do esporte, uma vez que proporciona a definição e tonicidade dos músculos e também a perda de peso.

O treinamento geralmente é de uma hora e, dependendo da academia, de três a cinco vezes por semana.

O gasto médio calórico é um grande atrativo, já que consome até 1000 calorias por hora. A funcionária pública, Cristina Hiromi, diz que procurou MMA para livrar-se do estresse, mas que percebeu outros benefícios “No começo, eu queria praticar artes marciais para perder peso. Os exercícios que a gente faz trabalham abdome, as pernas, os braços e até melhorou a minha celulite. Deixei para trás a minha vida sedendária definitivamente. Hoje eu saio da academia totalmente relaxada e mais bem disposta!”.

Isso acontece porque a prática da modalidade libera adrenalina acumulada, resultando no bem-estar da praticante.

Por: Márcia Mayumi - RA: A250FF-8
Grupo: Esportes praticados pelas mulheres

TRANSTORNO BIPOLAR

Foto: Reprodução
O transtorno bipolar, antigamente conhecido como psicose maníaco depressiva, é uma doença psiquiátrica que se caracteriza por variações bruscas de humor, com o doente alternando estados depressivos com estados de mania (euforia).

O diagnóstico é difícil, pois muitas vezes o transtorno bipolar pode ser confundido com outras doenças psiquiátricas, como o transtorno de personalidade borderline, que tem características parecidas; ou esquizofrenia, por alguns pacientes apresentarem quadrosde alucinações e delírios durante as crises.

Não se sabe ao certo quais as causas da doença, mas já se sabe que alguns fatores externos como traumas, fim de casamento, morte de pessoa querida, influenciam o surgimento da doença. Outro fator determinante é a hereditariedade, em aproximadamente 80% dos caos, os pacientes tem algum parente com transtorno bipolar.

O tratamento deve ser contínuo, e é feito com remédios anti-depressivos, estabilizadores do humor (anti-convulsivos) e ansiolíticos, que são  ministrados a cada paciente, de forma personalizada, segundo as características de cada estágio da doença, e da resposta a dosagem do medicamento.

Por: Isabel Azevedo Firmino Cordeiro - RA: A22442-4
Grupo: Transtorno Bipolar do Humor

CONVIVENDO COM UM BIPOLAR

Foto: Reprodução
A convivência com pessoasque sofrem de transtorno bipolar nem sempre é fácil, e muitas vezespor falta de informação ( é uma doença ainda pouco conhecida e de difícil diagnóstico), acha-se que a pessoa não tem doença nenhuma, que passar períodos deprimido, e outros eufórico; sem  que necessariamente  aconteçam situações externas que provoquem essas reações; faz parte da personalidade da pessoa, que ela faz porque quer, que não se importa com a família.

Por isso que o paciente, precisa além do tratamento com remédios, acompanhamentocom psicólogos; e terapias que possibilitem a integração da família no tratamento, para que eles entendam e contribuam para que o paciente possa levar uma vida equilibrada.

Hoje em dia já existem algumas associações e grupos de apoio que auxiliam nessa integração da família no tratamento dos portadores de transtorno bipolar.

Uma delas é a Associação Braileira de familiares, amigos e portadores de transtornos afetivos (ABRATA), que  conta com psiquiatras e psicólogos e realiza gratuitamente diversas palestar e atividades com bipolares e seus familiares, contribuindo para melhorar a relação entre eles e ajudar a pessoa que tem transtorno bipolar a continuar o tratamento e manter uma vida produtiva e equilibrada.


Por: Isabel Azevedo Firmino Cordeiro - RA: A22442-4
Grupo: Transtorno Bipolar do Humor

O NOME É LAUDO NATEL

Osvaldo Moles foi responsável pela campanha do “Candidato da Bola” para vice-governador em 1962
Laudo Natel
Fonte: Reprodução

“O NOME É LAUDO NATEL” essa era a frase que aparecia na televisão. Apenas “Laudo Natel” surgia em meio às notícias dos periódicos de 1962. Quem conhecia o então diretor do poderoso Bradesco e presidente do São Paulo Futebol Clube (SPFC) não entendia o porquê da divulgação do nome, quem não o conhecia estranhava mais ainda. Seria uma nova marca de sabonete? Ou o anúncio publicitário de outro produto qualquer? A resposta só apareceu dias depois, com a veiculação da segunda fase da campanha:

“PARA VICE-GOVERNADOR, O NOME É LAUDO NATEL”

Laudo Natel que nunca imaginou seguir carreira política recebeu inicialmente o convite para ser candidato a senador, o que de pronto recusou, não queria morar em Brasília. Um segundo convite foi feito para concorrer como governador, mas acontece que um banco tem clientes de diferentes correntes partidárias e entrar em uma disputa dessas, com certeza envolve, no mínimo, algumas indisposições ideológicas para não dizer inimigos declarados. A própria política do Bradesco não permitia que funcionários fossem candidatos. O convite para entrar para política vinha de dois republicanos, o torcedor do São Paulo e secretário geral do partido Eugênio Alexandre Barbour e do deputado Francisco Franco, o “Chiquinho”, presidente do partido Republicano (PR).

Na época, o voto para vice era desvinculado do voto para governador, e esta foi a peça do quebra cabeça que faltava para convencer Laudo a entrar de vez na disputa e Amador Aguiar, fundador e presidente do Bradesco, a patrocinar – através do banco – toda campanha. Os republicanos sabiam que lançar aquele rapaz de modos humildes e origem caipira daria reais chances de vitória e grande visibilidade ao PR.

Um avião para percorrer o interior do estado de São Paulo, dois ou três funcionários para trabalhar na campanha e ainda verba para impressos e outros gastos necessários. “O Bradesco foi o meu partido”, lembra Laudo Natel, que prestes a completar 92 anos ainda trabalha diariamente em um pequeno escritório no Centro de São Paulo.

“LAUDO NATEL, VICE-GOVERNADOR DE TODOS OS BRASILEIROS DE SÃO PAULO”

Com a divulgação desta frase, Osvaldo Moles - importante radialista, produtor, jornalista, cronista e publicitário, na época - terminava a fase de apresentação de Laudo Natel ao eleitorado, lembrava dos migrantes e consolidava a independência da candidatura que não estava ligada a nenhum outro candidato.  Em 1962 Adhemar de Barros, Jânio Quadros, José Bonifácio e Remo Forli concorriam a vaga de governador.

Adhemar de Barros, proprietário da Lacta, adorava um palco. Veterano, iniciou sua trajetória política em 1935, quando foi eleito deputado estadual. Em 1938 assume a intervenção do Estado de São Paulo e em 1947 é eleito governador. Disputou a presidência da republica em 1955 e 1960, mas acabou em terceiro lugar nas duas eleições. Após a disputa de 1955 teve seu nome exposto junto a denuncias de corrupção. Declarado inocente no tribunal, disse que seria absolvido pelo povo, nas urnas. E foi mesmo! Em 1957 ganha as eleições municipais e fica na cadeira de prefeito de São Paulo até 1961. Com tanta experiência e uma base eleitoral sólida composta por “ademaristas”, agora em 1962 estava de novo na disputa do governo. Como candidato a vice, Adhemar apoiava o advogado e político Teotônio Monteiro de Barros.

Jânio Quadros já medira forças políticas com Adhemar em diversas outras eleições. O presidente que renunciou um ano antes (1961) a direção do país, queria provar que sua carreira política não estava morta. Sobre a renúncia de 1961, Laudo Natel declara que obteve do próprio Jânio a melhor explicação para o caso. “Dr. Jânio, até hoje eu não entendi sua renúncia!” ao que o ex-presidente respondeu “Nem eu meu caro. Nem eu!”. Para vice, Jânio apoiava o Brigadeiro Faria Lima.

José Bonifácio e Remo Forli eram candidatos de menor expressão para concorrer ao governo e não tinham lançado o apoio a nenhum candidato para vice.

O trabalho de Osvaldo Moles na campanha

Maria Zilda recebeu espantada a notícia, jamais pensou que o marido pudesse se envolver com a política, mas logo se acostumou com a ideia e apoiou a candidatura. Laudo Natel chamou o sobrinho, Laert Natel, para ajudar, mas os dois não tinham noção de como iniciar uma campanha como aquela. Então foram para um baile de debutante na cidade de Franca. Aquela festa foi o primeiro ato de campanha!

Osvaldo Moles admirava aquele poderoso homem, qual o poder nunca ‘subiu a cabeça’. Frente a diretoria de um dos maiores bancos privados do país, da presidência do time de futebol que carregava o nome do Estado mais rico do Brasil e da comissão pró Estádio - que tinha o desafio de construir um complexo esportivo com capacidade para mais de 50 mil torcedores – Laudo Natel continuava um homem simples. Mas começar uma campanha para vice-governador do Estado de São Paulo em um baile de debutantes... Era preciso profissionalizar a campanha.

A primeira ação de Osvaldo Moles foi realizar uma pesquisa com os torcedores do São Paulo para definir o nome de campanha do candidato, que poderia ser apenas “Laudo” ou só “Natel”. Então, em um domingo de jogo no estádio do Pacaembu ele perguntou para todos os torcedores que chegavam com uniforme do São Paulo “Qual é o nome do presidente do seu time?”. A resposta era sempre a mesma “Laudo Natel”. O nome composto foi aprovado, mesmo sendo incomum, era um nome pequeno, fácil de decorar e pelo menos os torcedores do São Paulo já conheciam. Faltava o restante do eleitorado.

Laudo Natel utilizou-se dos recursos fornecidos pelo Bradesco para visitar todo o território do Estado de São Paulo, a cada cidade que passava, conhecia o prefeito, visitava escolas e os jornais locais. Fugia de recepções formais. Almoços, jantares e festas não faziam parte do seu estilo, palanques então... Laudo Natel fala que realizou apenas um ou dois comícios. Quando fazia campanha nos bairros da cidade de São Paulo, por vezes, Moles o seguia para saber como estava se comportando durante a campanha. “Lembro uma vez que estava fazendo campanha e entrei em um barbeiro na Zona Leste para fazer a barba, de repente, vejo pelo espelho, Osvaldo Moles passando na rua. Ele me seguia para saber se eu estava me comportando”, lembra Laudo Natel.

Osvaldo Moles ainda ressaltou as qualidades de administrador e as campanhas beneficentes que Laudo Natel participou. Uma das frases de campanha foi “LAUDO NATEL tomou parte em 33 CAMPANHAS para amparar as CRIANCINHAS POBRES”, porém quando Laert Natel perguntou como Moles chegou nesse número, ele respondeu que se eram 33, ele não sabia, mas esse era um número mágico e por isso resolveu usá-lo. Parece que o número deu sorte.

Quanto mais se aproximava do dia da votação, mais força Laudo Natel conquistava. Foi então que aconteceu o primeiro e único ataque a sua campanha. Em cima do palanque Adhemar de Barros defende seu vice e deixa a entender Laudo Natel entendia era de futebol e não de política. “Para vice-governador temos o Teotônio, tem outro candidato aí que é o candidato da bola! Para vice-governador do Estado de São Paulo o meu voto vai para o Teotônio”, declarou Adhemar. Acontece que o ataque virou mote de campanha, Moles, sabendo da força que o futebol tinha sobre o eleitorado, gostou da ideia, criou um boton com uma bola de futebol escrito o nome Laudo Natel e distribuiu como peça de campanha.

Para finalizar a campanha, Moles distribuiu um cartãozinho no dia da eleição com os dizeres “As criancinhas de São Paulo estão rezando por você. Bom Dia Laudo Natel!”, em referencia a um cartão que o candidato tinha recebido durante a campanha, em visita a um orfanato na Vila Matilde.

Realizada as eleições em outubro de 1962, foram contabilizados 1 milhão e 200 mil votos para o candidato da bola. Laudo Natel assumiu o vice-governo do Estado de São Paulo com 36,3% dos votos válidos e Adhemar de Barros foi eleito governador com 37,8% dos votos.

Por: Bruno Micheletti - RA: 375846-0
Grupo: OSVALDO MOLES, PIONEIRO DO RÁDIO PAULISTA

OS IMPACTOS DA LEI NA SOCIEDADE

A posição da nova lei diante a queda do diploma de jornalismo e a situação dos futuros jornalistas

O jornalismo sem diploma
Foto: Reprodução
A faculdade é importante para algumas pessoas que querem cursar um ensino superior, que tenha uma identificação com seu perfil e seus objetivos profissionais para mercado de trabalho. A escolha do curso é um fato importante, pois serve para direcionar sua carreira e idealizar seus sonhos. Mas, para um curso em especifico não é bem assim.

No ano de 2009, houve a queda do diploma do curso de comunicação social – jornalismo, que levaram jovens e adultos a desistirem da faculdade por causa da nova lei estipulada pelo STF (supremo tribunal federal). Que por sua lei significa a liberdade de expressão entra as pessoas que querem atuar na área.

Em entrevista realizada com Magda Regina, informa que a condição da lei não se adapta ao mercado por causa de suas exigências, “existem vários jornalistas formados  em ótimas faculdades que não conseguem atuar na área”.

No entanto, existe o lado positivo e negativo referente ao assunto abordado. Para os estudantes, foi uma desonra diante a profissão e para os universitários que ainda estão cursando e não desistiram da faculdade. Já para o STF foi uma maneira de ampliar ainda mais o caminho das especializações do mercado de trabalho.

Por: Keli de Almeida - RA: A285GC-9
Grupo: Queda do diploma

GLUTONERIA GAIJIN

Ade Nishiki (1), Yagai (2), Sapporo (3), Udon (4)
Tsuyu (5), Tikuwa (6), Saquê (7), Namagashi (8)
Koala's March (9), Balas de melão rendado (10)
Foto: Reprodução
Em um passeio pelo bairro da Liberdade, em São Paulo, ao entrar em um dos vários mercadinhos, sempre lotados de clientes, encontro milhares de produtos variados que, para mim, gaijin, parecem geralmente exóticos, já que desconhecidos do grande público ocidental. Olhando para as curiosas embalagens, coloridas, com design bem diferenciado e pop, escritas em japonês, mal posso ter uma ideia do que é cada coisa, nem mesmo chegando a saber se o produto é doce ou salgado, ou do que é feito, e ainda menos se vale a pena arriscar uma compra para experimentar, uma vez que grande parte dos itens é importado, e, portanto, custa relativamente caro.
Louco para ir muito além do temaki, sushi e sashimi, pratos já bem conhecidos dos paulistanos, convidei Emilly Naoi, uma sansei (neta de japoneses), acostumada a consumir esses produtos desde criança, para me ciceronear pelas misteriosas e interessantes prateleiras. Disposto a gastar ao todo 80 reais, tendo em vista um custo razoável para um jantar para dois, compramos 10 itens para preparar uma refeição completa, com entrada, prato principal e sobremesa, sobre os quais ela me explicou. Provei e aprovei tudo.

ENTRADA: petiscos e cerveja

Ade Nishiki (1) é um salgadinho sortido de amendoim, ervilha, bolinhas de farinha de trigo e de moti (arroz), e peixe miúdo; cada um com um tempero específico, variando principalmente entre gergelim, nori (algas) e shoyu (molho de soja). É uma gostosura viciante, além de muito curiosa, por causa da presença dos estranhos peixinhos secos. Outra iguaria é o Yagai (2), lula seca desfiada, consumida como salgadinho no Japão. Pode parecer estranho, mas é uma delícia, servida como aperitivo, ou como acompanhamento nas refeições. Petiscamos tudo com Sapporo (3), uma das cervejas mais consumidas no Japão, certamente a mais conhecida no exterior, principalmente pela qualidade reconhecida e por sua icônica lata prateada de 650 ml. Com um exuberante aroma de lúpulo, a versão Premium tem um sabor incrivelmente nítido e refrescante, de amargor refinado, que proporciona um final marcante.

PRATO PRINCIPAL: macarrão e saquê

Udon (4) é um tipo de macarrão grosso feito de farinha, parte das refeições do dia-a-dia dos japoneses. É servido normalmente como sopa, em caldo quente ao qual são acrescentados um ou mais ingredientes, como dashi (tempero de peixe), shoyu (molho de soja), mirin (vinho de arroz), negi (cebolinha) picada, ovo cozido e shitake (cogumelo) fresco, que substituímos por champignons. É comum que se use sachês de tempero que já contém a maioria desses itens semiprontos, desidratados e em pó, como o Tsuyu (5). Em nossa receita, acrescentamos ainda Tikuwa (6), uma massa de farinha de trigo e carne de peixe. Vendido em conserva, consome-se cozido, frito ou até cru; é muito usado para dar sabor a outros alimentos com os quais é cozido. O nome significa anel de bambu, devido a forma cilíndrica do produto, que possibilita recheá-lo com raízes. Comemos bastante, acompanhando o prato com Saquê (7), a bebida tradicional do Japão, tomada geralmente quente e em grandes comemorações, como Ano Novo e cerimônias xintoístas de casamento. Classificada na mesma categoria do vinho, é fabricada pela fermentação natural do arroz, ao que se acrescenta somente água. Tem teor alcoólico em torno de 16%.

SOBREMESA: doces tradicionais e modernos

Namagashi (8) é uma bandeja de doces tradicionais sortidos, um tipo diferente de wagashi, que é um termo geral para lanches usados na cerimônia do chá japonesa. Bem colorida, contém gelatinas de algas e doces de azuki (pasta de feijão). Em seguida, Koala's March (9), que é um biscoito doce crocante com recheio cremoso, do tamanho de uma mordida. Tem forma de coala, e cada unidade apresenta o desenho de um coala em atitude diferente. É o doce mais consumido no Japão, e atualmente é comercializado em muitos outros países. Possui uma embalagem única, mundialmente reconhecida pelo formato hexagonal. Os sabores de recheio mais comuns são chocolate e morango, mas também são produzidos de chocolate branco, mel, cafe latte, abacaxi e banana. Parte dos lucros é revertida para apoiar a Australian Koala Foundation. E, para finalizar, experimentamos as famosas Balas de melão rendado (10), deliciosas e naturais, cujo sabor surpreendeu meu paladar.

Por: Davis Almeida - RA: A050FC-4
Grupo: Revista Gaijin SP