terça-feira, 29 de maio de 2012

COMO SURGIU O PCC

Foto: Reprodução
O Primeiro Comando da Capital – PCC foi criado em 31 de agosto de 1993, no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), conhecido como Piranhão. Durante uma partida de futebol, oito presos resolveram batizar o time deles como Primeiro Comando da Capital.

Misael Aparecido da Silva, o Misa, Wander Eduardo Ferreira, o Cara Gorda, Antonio Carlos Roberto da Paixão, o Paixão, Isaías Moreira do Nascimento, o Isaías Esquisito, Ademar dos Santos, o Dafé, Antônio Carlos dos Santos, o Bicho Feio, César Augusto Roris da Silva, o Cesinha, e José Márcio Felício, o Geleião, foram escalados para defender a camisa do PCC e começar a organizar a facção, que dizia ter sido criada para "combater a opressão dentro do sistema prisional paulista”.

Enquanto o time da capital estava em quadra, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Idemir Carlos Ambrósio, o Sombra  estavam em uma cela separada, confinados.
A repórter Fátima Souza, que na época trabalhava para a TV Bandeirantes, fez várias matérias denunciando a existência do PCC. As autoridades, no entanto, negavam todos os dados da repórter dizendo que nenhuma facção criminosa existia nos presídios.

Em fevereiro de 2001, Sombra tornou-se o líder mais expressivo da organização ao coordenar, por telefone celular, rebeliões simultâneas em 29 presídios paulistanos. A megarrebelião foi amplamente noticiada pela mídia (inclusive internacional) e deixou um saldo de 16 presos mortos.  Cinco meses depois, Sombra foi assassinado por cinco membros da facção, numa disputa interna pelo comando geral do PCC. Enquanto tomava banho de sol na quadra do Piranhão ele foi espancado até morrer.

Com o assassinato de Sombra, Geleião e Cesinha assumiram a liderança e passaram a coordenar atentados violentos contra prédios públicos. Só então as autoridades da PM e da Secretária de Segurança Pública passaram a admitir a existência da facção.

Considerados radicais por uma outra corrente do PCC, mais moderada, Geleião e Cesinha foram depostos da liderança em novembro de 2002, quando Marcola assume de vez o grupo. Além de depostos, foram jurados de morte sob a alegação de terem feito delações à polícia.

Para conseguir dinheiro para o caixa da facção, os membros do PCC exigem que os integrantes presos do grupo paguem uma taxa mensal de R$ 50; os que estão em liberdade, R$ 500. O dinheiro é usado para comprar armas e drogas, além de financiar ações de resgate de presos ligados ao grupo.

Para se tornar membro do PCC, o criminoso precisa ser "batizado", ou seja, apresentado por outro que já faça parte da organização e que se responsabilize por suas ações junto ao grupo. Todos têm de cumprir um estatuto, redigido pelos fundadores reunidos no Piranhão, em 1993, com 16 itens.

Por: Ricardo Aguiar - RA: A0654G3
Grupo: PCC

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