Tida como somente a rua de “sexo pago”, hoje a Augusta conta com seus moradores e comerciantes para perder de uma vez por todas esse Rotulo
Foto: Maurício Sampaio |
Há dez anos a Rua Augusta passa por uma grande transformação, principalmente por causa dos moradores da Região e seus comerciantes, que sentiam que o rotulo de “rua das garotas de programa” atrapalhava e denegria muito a imagem de umas das regiões mais ricas cultural e financeiramente de São Paulo.
A busca de grandes construtoras e incorporadoras por terrenos na região fez com que a Rua Augusta fosse aos poucos perdendo sua identidade já estereotipada, e a escassez de garotas de programas no decorrer da rua foi crescendo. Hoje, ao andar a noite pela região, em especifico pela rua, já não é normal encontrar prostitutas abordando veículos para um “programa”, e até mesmo o numero de prostíbulos diminui muito com a pressão das associações de moradores e comerciantes.
Algumas garotas acham que trabalhar na rua não é mais viável devido a violência, retaliações de pessoas que não querem mais a rua com esse foco, por isso acreditam que com o fechamento das casas noturnas, a migração para outros locais de São Paulo ou até mesmo outra cidade é certa. Muitas delas não se vêem trabalhando em outra coisa e acreditam que mesmo que tirem esse direito de trabalha, discutido ou não delas, vão procurar outros lugares para trabalhar.
“Não importa se aqui, ou em qualquer outro lugar, o fato é que homem gosta e procura garotas de programa, e para nós nunca faltará trabalho”, disse Lorena que trabalha em uma casa noturna na Augusta, que sofre com a pressão dos moradores e comerciantes para fechar e com a procura de construtoras para venda do terreno.
Um comerciante da região que prefere não se identificar está a mais de 15 anos na Augusta acha que desde que as prostitutas começaram a deixar a região e as casas noturnas a fechar, o movimento melhorou significativamente.
“Não sou contra a prostituição, cada um faz o que quer, mas se for desvalorizar meu meio de sobrevivência, lutarei sempre pela retirada e fechamento desses locais”, informa o comerciante.
O rotulo já foi esquecido há muito tempo, hoje ela é vista como a rua da diversidade cultural e de forte crescimento econômico, mas o fim da prostituição, se certo ou errado, pode estar próximo, pelo menos na Rua Augusta.
Por: Maurício Sampaio - RA: A095FD-6
Grupo: "Rua Augusta"
Grupo: "Rua Augusta"
Nenhum comentário:
Postar um comentário