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Em meados de maio de 2006, ocorreu na cidade de São Paulo uma das maiores manifestações do crime organizado. O PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa de maior expressão da cidade, iniciou uma série de ataques contra as polícias Civil e Militar.
Após diversos ataques no mês de maio, em agosto do mesmo ano o repórter da Rede Globo de Televisão, Guilherme Portanova foi sequestrado em São Paulo, em uma padaria localizada na Av. Luis Carlos Berrini, zona sul de São Paulo, nas proximidades da TV. Juntamente com ele, foi sequestrado um auxiliar técnico da Rede Globo, Alexandre Calado.
E como a sociedade ainda busca respostas com explicações contundentes para as ações do PCC naquele dado momento, nosso grupo se encontrou com o repórter Guilherme Portanova em Brasília, DF para entender o que aconteceu durante seu seqüestro.
O sequestro foi atribuído à facção criminosa PCC. Alexandre Calado foi libertado na madrugada de sábado para domingo e a condição para a libertação de Portanova foi à exibição de uma gravação com as exigências dos bandidos para a melhoria do sistema penitenciário. A condição foi prontamente atendida pela rede de televisão.
Guilherme contou detalhes das 40 horas de sequestro e dos três cativeiros que passou durante o tempo em que ficou em poder dos seqüestradores. A conversa foi fluindo e o repórter contou que não tinha ideia de onde estava, mas sabia que durante o percurso para o cativeiro percorreu cerca de 40 minutos e que onde estava se tratava de uma mata fechada, pois durante o segundo dia de sequestro os seqüestradores o deixaram tirar as vendas, sem a presença dos mesmos.
“Eu não fui agredido e fui alimentado o tempo todo”, disse Portanova durante a entrevista.
Guilherme comentou que não passou por sua cabeça que seria solto, mas sim que eles o matariam após conseguirem ou não o que solicitaram. Os seqüestradores sempre falavam que ele seria colocado no microondas (queimado dentro do porta malas de um carro) e ele sempre afirmava que não tinha nada contra eles e que no mínimo merecia uma morte de soldado, com um tiro na cabeça de capuz.
“Ali, naquele momento, eles sentiram talvez que tivessem concluído o serviço deles e resolveram me soltar,” conclui Guilherme.
O seqüestrador que liberou Guilherme confessou a ele que sabia que seu tempo de vida era curto, mas precisava do dinheiro, por isso estava fazendo isso. Pediu desculpas, pois sabia que esse fato iria fazer parte de toda sua vida.
Em dado momento Guilherme comenta que quando foi solto, só pensava em ver sua família e amigos, para avisar que estava bem. Não hesitou em dar entrevistas após o sequestro, pois sabia que muitas pessoas queriam saber o que aconteceu.
Confira essa entrevista na integra na apresentação do TCC do curso de jornalismo.
Por: Adriana Ferraz - RA: A02HCE-4
Grupo: PCC
gostaria de saber como faço para ler a entrevista na íntegra, não há nenhum link?
ResponderExcluirGostaria de saber o que aconteceu com Guilherme Portanova no DF TV. Ele sumiu da televisão e ainda não apareceu em nenhum lugar. Será que a Facção do PT sequestrou o Repórter do DF TV da Globo. A Globo está puxando tanto o Saco do PT. Será?
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