quarta-feira, 30 de maio de 2012

MULHERES GUERREIRAS

O papel da mulher no comércio informal de alimentos em São Paulo
Vendedora ambulante de alimentos no centro de São Paulo
Foto: Reprodução


A mulher com o passar dos anos vem demonstrando suas capacidades e habilidades em ganhar seu próprio dinheiro, ajudar nas despesas em casa e em muitos casos sustentar a família sozinha. Criou uma independência feminina e o poder de liderança, transformou seus valores e reconhecimento na sociedade.


Para Miriam Simões Cândido, Psicóloga e autora do trabalho "Mulheres guerreiras": identidade feminina e profissional entre vendedoras ambulantes da cidade de São Paulo pela Universidade de São Paulo (USP), o papel da mulher nestes casos é de grande importância, pois é através dele que uma grande camada da população tem encontrado sustento, principalmente em momentos de maior índice de desemprego. Há décadas essas mulheres ocupa lugares de importância produzindo aquilo que para elas já fazia parte de suas atribuições, o preparo de alimentos.


Ela conta que em sua pesquisa de campo as mulheres apontaram o fato de serem independentes, sem um patrão para quem dar satisfação, poderem cuidar dos filhos, uma vez que podem levá-los com elas caso haja necessidade e também a diversidade de contatos.

Ela percebeu que a maior dificuldade dessas mulheres está relacionada à ação de fiscais, com abordagens desrespeitosas e também ao cansaço provocado pela dupla jornada de trabalho. Ela acredita que com a evolução do tempo, pode diminuir esse mercado de trabalho entre as mulheres, pois elas afirmaram que quase não têm lazer e descanso, que suas jornadas são árduas e que este caminho foi escolhido pela falta de escolaridade, falta de emprego formal e preconceito e que este sacrifício que fazem é para que seus filhos tenham um futuro diferente e as mais jovens estão em busca de uma qualificação profissional.

Margareth Avelino, 47 anos, trabalha em confecção de brinquedos durante o dia e ainda encontra tempo para fazer bolos caseiros e vender para conhecidos e comerciantes pelas ruas. Um dom que foi passado pela sua mãe traz para a família um dinheiro extra e com o seu talento, Margareth nem precisa divulgar, pois as próprias pessoas próximas a ela fazem isso e diz que adora o que faz.

Para Ligia Maria da Silva, Psicóloga, o panorama é diverso, a mulher continua ocupada com os afazeres do lar e ainda sai para o trabalho externo. Quanto à rotina, elas precisam conciliar o trabalho doméstico com o trabalho exercido fora de casa. Ela ressalta a importância desses pequenos atores econômicos que todos os dias se propõem a enfrentar dias de sol, chuva e vento, com o enfrentamento incerto de trazer um bom resultado econômico para seus lares.


Por: Adriana Catosio Cerri - RA: A24JFA-6

Grupo: Comércio informal de alimentos em São Paulo

KARAOKÊ: DO ENTRETENIMENTO AS COMPETIÇÕES, O REFLEXO DA PAIXÃO PELA MÚSICA

Foto: Reprodução
Soltar a voz sem medo e na companhia dos amigos. Pode parecer brega, mas no bairro da Liberdade em São Paulo, o karaokê é a principal atração da noite nos bares. A empolgação que é vista nesses lugares surgiu sem grandes pretenções, há quase 30 anos na cidade de Kobe, no Japão.

Era apenas para solucionar o problema de uma noite perdida em uma casa de shows. A falta de um guitarrista fez com que o proprietário do lugar arranjasse fitas cassetes com músicas para acompanhar os vocalistas da banda.

A solução inesperada não foi registrada e acabou virando moda em outros bares da cidade. Batizada oficialmente de karaokê (cantar sem orquestra), a grande idéia só comprovou o gosto dos japoneses pela música. Cantar é uma tradição para eles, e por incrível que pareça ter o fundo musical ou saber cantar não é o mais importante.

Após a descoberta, surgiram as competições com orquestras. Elas encrementavam os eventos em que o público tinha que deixar a vergonha de lado e cantar. Os mais sofisticados aconteciam por todo país. Esses eventos ganharam o nome de "nodjiman", que significa orgulhar-se da garganta. E que orgulho, já que japonês nenhum ficava sem cantar nessas festas.

As competições apareceram por aqui na década de 70, em São Paulo (cidade que tem a maior colônia japonesa do país). E não poderia ser em outro lugar, a Liberdade era o palco para os eventos que começaram de maneira improvisada e fizeram sucesso.

Na época, eles usavam apenas playbacks de músicas japonesas e as mais populares inglesas. Os hits dos Beatles eram os preferidos.

O repertório era bastante variado e com o tempo foi se aperfeiçoando. Pequenas orquestras como Heibon Band, Universal, Aozora Gakudan, Românticos de Tokyo e Orion Band acabaram consagradas.

Um dos últimos concursos aconteceu no Festival Royal Japan, em 1986. Com o fim das festas tudo mudou e o karaokê perdeu espaço para os equipamentos mais sofisticados (a maioria de uso doméstico). Apesar disso continua sendo uma boa opção para juntar os amigos nos fins de semana. Nada é como antes. Mas pode acreditar, a animação é garantida.

Por: Marianne Perfetto - RA: A23013-0
Grupo: Revista Gaijin SP

COM A QUEDA DO DIPLOMA, ESTUDANTE MUDA DE PROFISSÃO

Yasmin Fronteira desiste do curso de jornalismo em busca de reconhecimento profissional

Foto: Reprodução
Ao ingressar na faculdade, um dos principais sonhos dos estudantes é concluir o curso e garantir o seu diploma. Em 2009, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu pela não obrigatoriedade do certificado de conclusão do curso de jornalismo e isso trouxe várias mudanças para estudantes e profissionais da área.

Uma dessas mudanças foi o desincentivo ao estudo pelos alunos de comunicação social. Uma prova disso é a estudante Yasmin Fronteira, que devido à queda do diploma de jornalismo, desistiu do curso, no 4º ano, na etapa final, e decidiu optar por outra área. “Não concordo com a decisão por desestimular os estudantes, assim como eu me desestimulei pela área, o que ocasionará provavelmente a extinção da profissão”, discorda Yasmin. “Por que vou continuar uma graduação se o próprio governo não reconhece a importância da mesma? Não tinha sentido”, disse.

Mas, essas mudanças não se restringem apenas aos estudantes, amadores e profissionais também sofrem com essas conseqüências. As empresas ainda não se adaptaram a essa nova lei. “Essa decisão desvaloriza muito os profissionais já formados, apesar de que não acredito que empresas de credibilidade valorizem mais uma pessoa sem conhecimentos do que um profissional graduado”, afirma Yasmin.

Considerando a adaptação das empresas, a estudante acredita que os amadores irão se beneficiar com essa mudança. Com a nova regra, poderão levar suas informações para todos os veículos, principalmente pela internet (em blogs, redes sociais e sites). “É desleal com quem estudou quatro anos para adquirir uma especialização na área e ela não servir para nada. Uma pessoa sem conhecimentos técnicos e éticos toma o lugar de quem está preparado.”

Devido a todas essas conseqüências trazidas pela queda do diploma, hoje, Yasmin cursa direito, e segundo ela, não pretende voltar a cursar jornalismo. “Eu quero uma profissão em que o meu trabalho possa ser reconhecido.”

Por: Andreza Poli - RA: T739BE-1
Grupo: A Queda do Diploma

ALZHEIMER NO DIA A DIA: É POSSÍVEL LIDAR COM O PORTADOR?

Paciência e carinho são as chaves para construir uma boa relação com o doente
Paciência e carinho são as chaves para construir uma
boa relação com o doente
Foto: Reprodução

Teimosia, esquecimentos e agressividade. Tais sintomas dificultam a relação de um doente com Alzheimer com a sua própria família. Aprender a conviver com tais condições torna-se imprescindível para que o ambiente familiar seja agradável.

Para Ivete Marra, exercer a paciência foi de grande importância para enfrentar as dificuldades de convivência com sua mãe, portadora do Alzheimer. ‘’No início eu não entendia o porquê de tanta teimosia. Achava que ela fazia as coisas por birra e chegava a ficar com raiva. Mas, hoje eu entendo que esse comportamento é proveniente da doença e procuro amenizar a situação concordando com ela, mesmo que a situação pareça absurda pra mim’’, explicou.

Já para Carlos Romero, cabeleireiro que cuida do pai com alzheimer há 10 anos, o segredo para lidar com o doente é o carinho. ''A partir do momento que você entende que a pessoa não tem mais o controle da própria mente e que se ela fizer xixi na calça repetidas vezes não é algo que ela tenha noção, que ela perde a orientação do certo e errado, você entende a gravidade do Alzheimer. Só com amor e carinho podemos superar a díficil tarefa de cuidar do doente'', declarou.

Causando degeneração progressiva do cérebro e forte perda de memória, o Alzheimer torna-se uma doença ''familiar'' porque atinge não só o doente mas todas as pessoas e a estrutura a sua volta.

''Informar-se também é importante. Quanto mais se sabe, melhor se cuida'', afirmou Carlos.

Por: Renata Bars - RA: A2277D-0
Grupo: Documentário: Alzheimer

terça-feira, 29 de maio de 2012

A BELEZA NOS OLHOS DE QUEM VÊ

A fórmula da beleza
Foto: Reprodução
O que é considerado bonito varia de acordo com a percepção, cultura e valores de cada um. Porém a mídia está ai disseminando através de: programas de TV, novelas, filmes, internet e entre outros. 

Entre um grupo de amigos, por exemplo, contendo seis pessoas, supondo que uma delas segue o padrão estético de magra, altura mediana, cabelos lisos e olhos claros. Aparentemente na descrição á pessoa é bela, mas duas pessoas do grupo não a acham bonita.
A conclusão que podemos tirar é que muitas vezes o que é atraente pra mim, não será pra você. E assim isto varia de acordo com a percepção de cada um, o ditado prevalece nesse caso, o que seria do amarelo se todos gostassem do azul.

Mais o que é beleza? Conforme o dicionário é a combinação de qualidades que impressiona o outro, digno de admiração, atraente e sedutor. A beleza pode ser definida pelos traços físicos, um padrão universal, de cada cultura e sociedade. A moda decide esse assunto muito rápido, de tempo em tempo, o que é belo muda.

Para Platão: "A beleza é a compreensão que cada pessoa, é capaz de formular sobre um conceito. Na Grécia de Platão a noção de belo foi exaustivamente estudada, conceituada e venerada. Formulou matematicamente uma definição, através de escalas e algoritmos se determina o que é feio e o que é bonito. As medidas devem estar dentro da proporção que se encaixam nos modelos determinados".

Já Aristóteles define: "Não pode ser belo algo pequeníssimo, a visão confunde se for exercitada em um tempo quase imperceptível, e o grandíssimo escaparia do olhar". Então o tamanho tem que ser de visão abrangente.

O cirurgião plástico Stephen Marquardt criou uma mascara de beleza facial, baseada em simetria,  que determina a proporção áurea de 1:1,618. A proporção áurea é uma constante algébrica, também chamada de número de ouro que está relacionada com a natureza do crescimento e é referente às proporções do corpo humano. Os rostos que se encaixam nessa mascara são julgados como belo.

Por: Vinicius Camargo - RA: 445120-1
Editora: Flavia Büclhi - RA: A278FJ-2
Grupo: A Ditadura da Beleza

Assessoria 2.0

Comunicação nas redes sociais traz vantagens para agências, empresas e veículos

Rodrigo Capella: “Todo comunicador deve utilizar as redes sociais”
Foto: Reprodução
Agências de comunicação, profissionais da comunicação corporativa e jornalistas têm cada vez mais opções para aprimorar o intercâmbio de informações, contato com fontes, leitores e demais stakeholders.

Se antes o único acessório de comunicação das assessorias era o ancião fax modem e o tradicional telefone, depois do desenvolvimento das ferramentas de email, websites próprios e, finalmente, a internet 2.0 e as redes sociais, os profissionais têm hoje em sua mão um leque diversificado e refinado de ferramentas para comunicação entre agências. Empresas veículos.

Desde 2010, com a disseminação do twitter no Brasil, muitos jornalistas passaram a buscar auxílio nessa rede para buscar informações e fontes. Foi observando essa demanda que o relações públicas Gustavo Carneiro criou, sem qualquer investimento, o twitter do Ajude um Repórter. De início, apenas agregava as demandas dos jornalistas e ajudava a divulgar na rede, para que eventuais fontes pudessem ajudar, responder, participar das pautas. “Atingi 200 seguidores somente na primeira semana”, conta.

Dez meses e nove mil seguidores depois, Gustavo resolveu criar a plataforma Ajude um Repórter. Uma rede exclusiva para jornalistas e fontes se encontrarem. Os fundos para o desenvolvimento da ferramenta foram levantados de forma colaborativa (crowdfunding) e os trabalhos continuam “a ideia é continuar o desenvolvimento do sistema, adicionando funcionalidades que gerem receita para a manutenção da infraestrutura e também aperfeiçoar as já existentes. Uma das principais ideias é adicionar um banco de pautas que fiquem disponíveis aos repórteres”, revela.

Segundo o criador, apesar do nome, a ferramenta ajuda outras pessoas a ajudarem os repórteres. “Inúmeras vezes, o repórter procura algum especialista em determinado assunto para alguma matéria que já está em produção. Como informamos o que o repórter precisa, no momento que ele precisa, e ainda criamos um canal direto de comunicação, fica muito fácil para qualquer pessoa que tenha conteúdo a ser compartilhado e possa contribuir para essas matérias e figurar como referência em veículos de alcance nacional”. Dessa forma, não apenas os veículos ganham em se cadastrar na ferramenta em busca de fontes. Fontes, agências e empresas também podem se beneficiar ao se cadastrarem, pois, além de entrar em contato direto com as solicitações de imprensa, ficam disponíveis no banco de fontes da ferramenta.

Para Gustavo, a utilização das redes para a comunicação jornalística é algo que veio para ficar e se desenvolver. “As redes sociais são fruto do desenvolvimento tecnológico, que tornou possível coordenar grandes esforços de comunicação a um custo muito menor do que era possível antes delas”, explica. “Hoje podemos falar de inbound marketing, estudar perfis sociais dos jornalistas antes de enviar um release e formatar a mensagem de uma forma muito mais apropriada, aumentando as chances de sucesso”.

Foi pensando nessa formatação inovadora da mensagem que o jornalista, professor, assessor de imprensa e profissional das redes sociais Rodrigo Capella vem desenvolvendo em seu trabalho o Release 2.0.

“Os comunicadores precisam, cada vez mais, conhecer as novas ferramentas digitais, precisam também se capacitar, saber como atuar nelas”, explica. Nesse sentido, o release 2.0 é um diferencial para as agências, pois oferece ao jornalista elementos e informações complementares, por meio de podcast, vídeo-release, texto, fotos etc. “Tudo isso reunido em uma página. Isto facilita o trabalho do jornalista que não precisa mais ligar para as assessorias e solicitar o material. Basta clicar o mouse e baixar tudo, com grande agilidade”, conta.

Para Rodrigo, as redes sociais são cada vez mais indispensáveis para os comunicadores, de forma geral. “Todo comunicador deve utilizar as redes sociais. Com ela, podemos conhecer outros mundos, descobrir entrevistados, aprimorar conhecimentos”. Nesse sentido, é otimista. “Cada vez mais os jornalistas estão antenados e preparados para atuar nas redes. Acredito que as universidades também já estejam investindo nesse aprendizado. As assessorias podem aproveitar este canal para propor pautas e também ações diferenciadas”, completa.

Por: Amanda Voltolini - RA: A6364D-6
Grupo: Comunicação Corporativa nas Redes Sociais

MULHERES INVADINDO OS OCTÓGONOS

Cristina não abre mão do bem-estar proporcionado pelo MMA
Foto: Márcia Mayumi
O “vale tudo”, ou mais conhecido como MMA (Mixed Martial Arts), sigla em inglês que significa mistura de artes marciais (como jiu jitsu, boxe, muay thai entre outros) é a modalidade esportiva que mais cresce no mundo.

Com o crescimento meteórico da modalidade que movimenta milhões de dólares, o esporte criado por brasileiros (família Gracie na década de 1920), ganhou visibilidade mundial.

O MMA era um esporte, até pouco tempo, praticado exclusivamente por homens. Com sua popularização, gerou uma procura muito grande por aulas de artes marciais nas academias em todo país.

As mulheres começaram a se interessar pelo esporte e, cada vez mais, o octógono tem sido ocupado pelas lutadoras. E aquelas que se encantam com o MMA, ganham destaque, profissionalizam-se e lutam em torneios no Brasil e no exterior.

A campeã mundial é uma brasileira, Cris Cyborg, que reside nos Estados Unidos. Atualmente cumpre uma suspensão de um ano, pelo uso de substância proibida acusada pelo exame anti-doping. Cyborg, para a tristeza dos fãs, deve voltar aos octógonos somente em 2013.

Mas a maior parte das mulheres começa a prática da modalidade impulsionada pela curiosidade, para ganhar autoconfiança, em busca dos benefícios do esporte, uma vez que proporciona a definição e tonicidade dos músculos e também a perda de peso.

O treinamento geralmente é de uma hora e, dependendo da academia, de três a cinco vezes por semana.

O gasto médio calórico é um grande atrativo, já que consome até 1000 calorias por hora. A funcionária pública, Cristina Hiromi, diz que procurou MMA para livrar-se do estresse, mas que percebeu outros benefícios “No começo, eu queria praticar artes marciais para perder peso. Os exercícios que a gente faz trabalham abdome, as pernas, os braços e até melhorou a minha celulite. Deixei para trás a minha vida sedendária definitivamente. Hoje eu saio da academia totalmente relaxada e mais bem disposta!”.

Isso acontece porque a prática da modalidade libera adrenalina acumulada, resultando no bem-estar da praticante.

Por: Márcia Mayumi - RA: A250FF-8
Grupo: Esportes praticados pelas mulheres

TRANSTORNO BIPOLAR

Foto: Reprodução
O transtorno bipolar, antigamente conhecido como psicose maníaco depressiva, é uma doença psiquiátrica que se caracteriza por variações bruscas de humor, com o doente alternando estados depressivos com estados de mania (euforia).

O diagnóstico é difícil, pois muitas vezes o transtorno bipolar pode ser confundido com outras doenças psiquiátricas, como o transtorno de personalidade borderline, que tem características parecidas; ou esquizofrenia, por alguns pacientes apresentarem quadrosde alucinações e delírios durante as crises.

Não se sabe ao certo quais as causas da doença, mas já se sabe que alguns fatores externos como traumas, fim de casamento, morte de pessoa querida, influenciam o surgimento da doença. Outro fator determinante é a hereditariedade, em aproximadamente 80% dos caos, os pacientes tem algum parente com transtorno bipolar.

O tratamento deve ser contínuo, e é feito com remédios anti-depressivos, estabilizadores do humor (anti-convulsivos) e ansiolíticos, que são  ministrados a cada paciente, de forma personalizada, segundo as características de cada estágio da doença, e da resposta a dosagem do medicamento.

Por: Isabel Azevedo Firmino Cordeiro - RA: A22442-4
Grupo: Transtorno Bipolar do Humor

CONVIVENDO COM UM BIPOLAR

Foto: Reprodução
A convivência com pessoasque sofrem de transtorno bipolar nem sempre é fácil, e muitas vezespor falta de informação ( é uma doença ainda pouco conhecida e de difícil diagnóstico), acha-se que a pessoa não tem doença nenhuma, que passar períodos deprimido, e outros eufórico; sem  que necessariamente  aconteçam situações externas que provoquem essas reações; faz parte da personalidade da pessoa, que ela faz porque quer, que não se importa com a família.

Por isso que o paciente, precisa além do tratamento com remédios, acompanhamentocom psicólogos; e terapias que possibilitem a integração da família no tratamento, para que eles entendam e contribuam para que o paciente possa levar uma vida equilibrada.

Hoje em dia já existem algumas associações e grupos de apoio que auxiliam nessa integração da família no tratamento dos portadores de transtorno bipolar.

Uma delas é a Associação Braileira de familiares, amigos e portadores de transtornos afetivos (ABRATA), que  conta com psiquiatras e psicólogos e realiza gratuitamente diversas palestar e atividades com bipolares e seus familiares, contribuindo para melhorar a relação entre eles e ajudar a pessoa que tem transtorno bipolar a continuar o tratamento e manter uma vida produtiva e equilibrada.


Por: Isabel Azevedo Firmino Cordeiro - RA: A22442-4
Grupo: Transtorno Bipolar do Humor

O NOME É LAUDO NATEL

Osvaldo Moles foi responsável pela campanha do “Candidato da Bola” para vice-governador em 1962
Laudo Natel
Fonte: Reprodução

“O NOME É LAUDO NATEL” essa era a frase que aparecia na televisão. Apenas “Laudo Natel” surgia em meio às notícias dos periódicos de 1962. Quem conhecia o então diretor do poderoso Bradesco e presidente do São Paulo Futebol Clube (SPFC) não entendia o porquê da divulgação do nome, quem não o conhecia estranhava mais ainda. Seria uma nova marca de sabonete? Ou o anúncio publicitário de outro produto qualquer? A resposta só apareceu dias depois, com a veiculação da segunda fase da campanha:

“PARA VICE-GOVERNADOR, O NOME É LAUDO NATEL”

Laudo Natel que nunca imaginou seguir carreira política recebeu inicialmente o convite para ser candidato a senador, o que de pronto recusou, não queria morar em Brasília. Um segundo convite foi feito para concorrer como governador, mas acontece que um banco tem clientes de diferentes correntes partidárias e entrar em uma disputa dessas, com certeza envolve, no mínimo, algumas indisposições ideológicas para não dizer inimigos declarados. A própria política do Bradesco não permitia que funcionários fossem candidatos. O convite para entrar para política vinha de dois republicanos, o torcedor do São Paulo e secretário geral do partido Eugênio Alexandre Barbour e do deputado Francisco Franco, o “Chiquinho”, presidente do partido Republicano (PR).

Na época, o voto para vice era desvinculado do voto para governador, e esta foi a peça do quebra cabeça que faltava para convencer Laudo a entrar de vez na disputa e Amador Aguiar, fundador e presidente do Bradesco, a patrocinar – através do banco – toda campanha. Os republicanos sabiam que lançar aquele rapaz de modos humildes e origem caipira daria reais chances de vitória e grande visibilidade ao PR.

Um avião para percorrer o interior do estado de São Paulo, dois ou três funcionários para trabalhar na campanha e ainda verba para impressos e outros gastos necessários. “O Bradesco foi o meu partido”, lembra Laudo Natel, que prestes a completar 92 anos ainda trabalha diariamente em um pequeno escritório no Centro de São Paulo.

“LAUDO NATEL, VICE-GOVERNADOR DE TODOS OS BRASILEIROS DE SÃO PAULO”

Com a divulgação desta frase, Osvaldo Moles - importante radialista, produtor, jornalista, cronista e publicitário, na época - terminava a fase de apresentação de Laudo Natel ao eleitorado, lembrava dos migrantes e consolidava a independência da candidatura que não estava ligada a nenhum outro candidato.  Em 1962 Adhemar de Barros, Jânio Quadros, José Bonifácio e Remo Forli concorriam a vaga de governador.

Adhemar de Barros, proprietário da Lacta, adorava um palco. Veterano, iniciou sua trajetória política em 1935, quando foi eleito deputado estadual. Em 1938 assume a intervenção do Estado de São Paulo e em 1947 é eleito governador. Disputou a presidência da republica em 1955 e 1960, mas acabou em terceiro lugar nas duas eleições. Após a disputa de 1955 teve seu nome exposto junto a denuncias de corrupção. Declarado inocente no tribunal, disse que seria absolvido pelo povo, nas urnas. E foi mesmo! Em 1957 ganha as eleições municipais e fica na cadeira de prefeito de São Paulo até 1961. Com tanta experiência e uma base eleitoral sólida composta por “ademaristas”, agora em 1962 estava de novo na disputa do governo. Como candidato a vice, Adhemar apoiava o advogado e político Teotônio Monteiro de Barros.

Jânio Quadros já medira forças políticas com Adhemar em diversas outras eleições. O presidente que renunciou um ano antes (1961) a direção do país, queria provar que sua carreira política não estava morta. Sobre a renúncia de 1961, Laudo Natel declara que obteve do próprio Jânio a melhor explicação para o caso. “Dr. Jânio, até hoje eu não entendi sua renúncia!” ao que o ex-presidente respondeu “Nem eu meu caro. Nem eu!”. Para vice, Jânio apoiava o Brigadeiro Faria Lima.

José Bonifácio e Remo Forli eram candidatos de menor expressão para concorrer ao governo e não tinham lançado o apoio a nenhum candidato para vice.

O trabalho de Osvaldo Moles na campanha

Maria Zilda recebeu espantada a notícia, jamais pensou que o marido pudesse se envolver com a política, mas logo se acostumou com a ideia e apoiou a candidatura. Laudo Natel chamou o sobrinho, Laert Natel, para ajudar, mas os dois não tinham noção de como iniciar uma campanha como aquela. Então foram para um baile de debutante na cidade de Franca. Aquela festa foi o primeiro ato de campanha!

Osvaldo Moles admirava aquele poderoso homem, qual o poder nunca ‘subiu a cabeça’. Frente a diretoria de um dos maiores bancos privados do país, da presidência do time de futebol que carregava o nome do Estado mais rico do Brasil e da comissão pró Estádio - que tinha o desafio de construir um complexo esportivo com capacidade para mais de 50 mil torcedores – Laudo Natel continuava um homem simples. Mas começar uma campanha para vice-governador do Estado de São Paulo em um baile de debutantes... Era preciso profissionalizar a campanha.

A primeira ação de Osvaldo Moles foi realizar uma pesquisa com os torcedores do São Paulo para definir o nome de campanha do candidato, que poderia ser apenas “Laudo” ou só “Natel”. Então, em um domingo de jogo no estádio do Pacaembu ele perguntou para todos os torcedores que chegavam com uniforme do São Paulo “Qual é o nome do presidente do seu time?”. A resposta era sempre a mesma “Laudo Natel”. O nome composto foi aprovado, mesmo sendo incomum, era um nome pequeno, fácil de decorar e pelo menos os torcedores do São Paulo já conheciam. Faltava o restante do eleitorado.

Laudo Natel utilizou-se dos recursos fornecidos pelo Bradesco para visitar todo o território do Estado de São Paulo, a cada cidade que passava, conhecia o prefeito, visitava escolas e os jornais locais. Fugia de recepções formais. Almoços, jantares e festas não faziam parte do seu estilo, palanques então... Laudo Natel fala que realizou apenas um ou dois comícios. Quando fazia campanha nos bairros da cidade de São Paulo, por vezes, Moles o seguia para saber como estava se comportando durante a campanha. “Lembro uma vez que estava fazendo campanha e entrei em um barbeiro na Zona Leste para fazer a barba, de repente, vejo pelo espelho, Osvaldo Moles passando na rua. Ele me seguia para saber se eu estava me comportando”, lembra Laudo Natel.

Osvaldo Moles ainda ressaltou as qualidades de administrador e as campanhas beneficentes que Laudo Natel participou. Uma das frases de campanha foi “LAUDO NATEL tomou parte em 33 CAMPANHAS para amparar as CRIANCINHAS POBRES”, porém quando Laert Natel perguntou como Moles chegou nesse número, ele respondeu que se eram 33, ele não sabia, mas esse era um número mágico e por isso resolveu usá-lo. Parece que o número deu sorte.

Quanto mais se aproximava do dia da votação, mais força Laudo Natel conquistava. Foi então que aconteceu o primeiro e único ataque a sua campanha. Em cima do palanque Adhemar de Barros defende seu vice e deixa a entender Laudo Natel entendia era de futebol e não de política. “Para vice-governador temos o Teotônio, tem outro candidato aí que é o candidato da bola! Para vice-governador do Estado de São Paulo o meu voto vai para o Teotônio”, declarou Adhemar. Acontece que o ataque virou mote de campanha, Moles, sabendo da força que o futebol tinha sobre o eleitorado, gostou da ideia, criou um boton com uma bola de futebol escrito o nome Laudo Natel e distribuiu como peça de campanha.

Para finalizar a campanha, Moles distribuiu um cartãozinho no dia da eleição com os dizeres “As criancinhas de São Paulo estão rezando por você. Bom Dia Laudo Natel!”, em referencia a um cartão que o candidato tinha recebido durante a campanha, em visita a um orfanato na Vila Matilde.

Realizada as eleições em outubro de 1962, foram contabilizados 1 milhão e 200 mil votos para o candidato da bola. Laudo Natel assumiu o vice-governo do Estado de São Paulo com 36,3% dos votos válidos e Adhemar de Barros foi eleito governador com 37,8% dos votos.

Por: Bruno Micheletti - RA: 375846-0
Grupo: OSVALDO MOLES, PIONEIRO DO RÁDIO PAULISTA

OS IMPACTOS DA LEI NA SOCIEDADE

A posição da nova lei diante a queda do diploma de jornalismo e a situação dos futuros jornalistas

O jornalismo sem diploma
Foto: Reprodução
A faculdade é importante para algumas pessoas que querem cursar um ensino superior, que tenha uma identificação com seu perfil e seus objetivos profissionais para mercado de trabalho. A escolha do curso é um fato importante, pois serve para direcionar sua carreira e idealizar seus sonhos. Mas, para um curso em especifico não é bem assim.

No ano de 2009, houve a queda do diploma do curso de comunicação social – jornalismo, que levaram jovens e adultos a desistirem da faculdade por causa da nova lei estipulada pelo STF (supremo tribunal federal). Que por sua lei significa a liberdade de expressão entra as pessoas que querem atuar na área.

Em entrevista realizada com Magda Regina, informa que a condição da lei não se adapta ao mercado por causa de suas exigências, “existem vários jornalistas formados  em ótimas faculdades que não conseguem atuar na área”.

No entanto, existe o lado positivo e negativo referente ao assunto abordado. Para os estudantes, foi uma desonra diante a profissão e para os universitários que ainda estão cursando e não desistiram da faculdade. Já para o STF foi uma maneira de ampliar ainda mais o caminho das especializações do mercado de trabalho.

Por: Keli de Almeida - RA: A285GC-9
Grupo: Queda do diploma

GLUTONERIA GAIJIN

Ade Nishiki (1), Yagai (2), Sapporo (3), Udon (4)
Tsuyu (5), Tikuwa (6), Saquê (7), Namagashi (8)
Koala's March (9), Balas de melão rendado (10)
Foto: Reprodução
Em um passeio pelo bairro da Liberdade, em São Paulo, ao entrar em um dos vários mercadinhos, sempre lotados de clientes, encontro milhares de produtos variados que, para mim, gaijin, parecem geralmente exóticos, já que desconhecidos do grande público ocidental. Olhando para as curiosas embalagens, coloridas, com design bem diferenciado e pop, escritas em japonês, mal posso ter uma ideia do que é cada coisa, nem mesmo chegando a saber se o produto é doce ou salgado, ou do que é feito, e ainda menos se vale a pena arriscar uma compra para experimentar, uma vez que grande parte dos itens é importado, e, portanto, custa relativamente caro.
Louco para ir muito além do temaki, sushi e sashimi, pratos já bem conhecidos dos paulistanos, convidei Emilly Naoi, uma sansei (neta de japoneses), acostumada a consumir esses produtos desde criança, para me ciceronear pelas misteriosas e interessantes prateleiras. Disposto a gastar ao todo 80 reais, tendo em vista um custo razoável para um jantar para dois, compramos 10 itens para preparar uma refeição completa, com entrada, prato principal e sobremesa, sobre os quais ela me explicou. Provei e aprovei tudo.

ENTRADA: petiscos e cerveja

Ade Nishiki (1) é um salgadinho sortido de amendoim, ervilha, bolinhas de farinha de trigo e de moti (arroz), e peixe miúdo; cada um com um tempero específico, variando principalmente entre gergelim, nori (algas) e shoyu (molho de soja). É uma gostosura viciante, além de muito curiosa, por causa da presença dos estranhos peixinhos secos. Outra iguaria é o Yagai (2), lula seca desfiada, consumida como salgadinho no Japão. Pode parecer estranho, mas é uma delícia, servida como aperitivo, ou como acompanhamento nas refeições. Petiscamos tudo com Sapporo (3), uma das cervejas mais consumidas no Japão, certamente a mais conhecida no exterior, principalmente pela qualidade reconhecida e por sua icônica lata prateada de 650 ml. Com um exuberante aroma de lúpulo, a versão Premium tem um sabor incrivelmente nítido e refrescante, de amargor refinado, que proporciona um final marcante.

PRATO PRINCIPAL: macarrão e saquê

Udon (4) é um tipo de macarrão grosso feito de farinha, parte das refeições do dia-a-dia dos japoneses. É servido normalmente como sopa, em caldo quente ao qual são acrescentados um ou mais ingredientes, como dashi (tempero de peixe), shoyu (molho de soja), mirin (vinho de arroz), negi (cebolinha) picada, ovo cozido e shitake (cogumelo) fresco, que substituímos por champignons. É comum que se use sachês de tempero que já contém a maioria desses itens semiprontos, desidratados e em pó, como o Tsuyu (5). Em nossa receita, acrescentamos ainda Tikuwa (6), uma massa de farinha de trigo e carne de peixe. Vendido em conserva, consome-se cozido, frito ou até cru; é muito usado para dar sabor a outros alimentos com os quais é cozido. O nome significa anel de bambu, devido a forma cilíndrica do produto, que possibilita recheá-lo com raízes. Comemos bastante, acompanhando o prato com Saquê (7), a bebida tradicional do Japão, tomada geralmente quente e em grandes comemorações, como Ano Novo e cerimônias xintoístas de casamento. Classificada na mesma categoria do vinho, é fabricada pela fermentação natural do arroz, ao que se acrescenta somente água. Tem teor alcoólico em torno de 16%.

SOBREMESA: doces tradicionais e modernos

Namagashi (8) é uma bandeja de doces tradicionais sortidos, um tipo diferente de wagashi, que é um termo geral para lanches usados na cerimônia do chá japonesa. Bem colorida, contém gelatinas de algas e doces de azuki (pasta de feijão). Em seguida, Koala's March (9), que é um biscoito doce crocante com recheio cremoso, do tamanho de uma mordida. Tem forma de coala, e cada unidade apresenta o desenho de um coala em atitude diferente. É o doce mais consumido no Japão, e atualmente é comercializado em muitos outros países. Possui uma embalagem única, mundialmente reconhecida pelo formato hexagonal. Os sabores de recheio mais comuns são chocolate e morango, mas também são produzidos de chocolate branco, mel, cafe latte, abacaxi e banana. Parte dos lucros é revertida para apoiar a Australian Koala Foundation. E, para finalizar, experimentamos as famosas Balas de melão rendado (10), deliciosas e naturais, cujo sabor surpreendeu meu paladar.

Por: Davis Almeida - RA: A050FC-4
Grupo: Revista Gaijin SP

O DIA QUE SÃO PAULO PAROU: A FARSA DA SEGURANÇA PÚBLICA

Foto: Reprodução
Após seis anos dos ataques da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado de São Paulo, ainda restam algumas perguntas sem respostas. O Estado, através da Secretária de Segurança Pública, nega falhas. A sociedade, principal vítima, vive amedrontada com medo  de um novo episódio, depositado o medo entre a facção criminosa e a segurança pública, numa briga entre poderes, no qual bandido e mocinho dividem os mesmos papéis.

Em maio de 2006 o Estado de São Paulo viveu tempos de terror em pleno ano de eleição presidencial e estadual. Naquele ano o então governador do Estado, Geraldo Alckimin renunciava seu cargo como governador do Estado para concorrer a presidência da república, disputada com o ex-presidente Lula. Em seu lugar, assumia o cargo o professor Claudio Lembo, vice de Alckmin, para governar o maior Estado do Brasil.

Naquele ano, em meio a corrida eleitoral, o PCC já tramava há algum tempo uma ação que chamasse a atenção da sociedade para a situação do sistema carcerário do país. Com o apoio e treinamento do preso político chileno Maurício Norambuena, ex-colega de penitenciária de Marcola, atual líder da facção, o Primeiro Comando da Capital viu naquele cenário o momento oportuno para dar inicio ao que ficou conhecido como – O dia que São Paulo parou – o maior ataque da historia do Brasil do crime organizado. Do dia 12 de maio até o dia 15 daquele mês cerca de 251 ataques contra o poder público foram registrados, segundo dados da Secretária de Segurança Pública do Estado. Dentre os ataques, 82 de ônibus foram incendiados, bases da PM e do Corpo de Bombeiros foram metralhadas, 46 mortos entre PM’s e agentes penitenciários, além de 73 presídios em rebelião simultânea no país.

Segundo o capitão da polícia militar de São Paulo, Moisés do Nascimento, a policia não havia informações de que haveriam ataques da facção no Estado, o que agravou a situação. Muitos policiais estavam de férias, outros estavam de folga naquele final de semana, esses foram surpreendidos com suas casas invadidas por bandidos e assassinados na frente de suas famílias. Com isso, na tarde de sábado, dia 13 de maio, a PM cancelou todas as férias e folgas da corporação, e todos foram para as ruas na tentativa de controlar o caos que havia se instalado em toda São Paulo. Moisés completa dizendo que ao ver seus colegas e amigos pessoais morrendo assassinados pelo PCC, foram para as ruas com todo o gás que a situação exigia, tentando de diversas táticas acabar com os ataques.

Segundo informações da Secretária de Segurança Pública, os ataques se deram devido a transferência de 12 líderes do PCC para o presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau durante o feriado de dias das mães. O que causou revolta dentro dos presídios e a reação da facção. O secretário da Administração Penitenciária, da época, Nagashi Furukawada, não voltou atrás da decisão de transferência dos presos o que só agravou a situação. 

O governador interino Claudio Lembo recusou a ajuda da governo federal com o apoio através da Força Nacional, homens treinados para agir em situações de extrema insegurança pública. A atitude do governador foi criticada pela sociedade civil e pela imprensa, que o chamou de irresponsável.

Na tarde de domingo, 14 de maio, após uma reunião em sala fechada no presídio de Presidente Venceslau, chegaram ao fim os ataques do PCC no Estado. Participaram da reunião o líder da facção, Marcola, a advogada do PCC, o comandante da PM Ailton Araújo Brandão; o corregedor Antônio Ruiz Lopes, representante da SAP (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária); e o delegado da Polícia Civil José Luiz Cavalcante. O governador e os representantes da polícia estadual negaram qualquer acordo com o PCC para cessar os ataques.

Ao todo, 493 pessoas morreram entre os dias 12 e 15 de maio de 2006, vítimas do conflito entre o crime organizado e a policia. Segundo o Ministério Público Federal, a Defensoria Pública e as entidades de direitos humanos, a maioria dos crimes registrados foram causados devido a forma truculenta de reação da PM. A maioria dos civis mortos naquele período não tinham passagem pela polícia e até hoje apenas uma família de vítima foi indenizada pelo Estado.

Por: Vagner Francisco Vital dos Santos - RA: A15398-5
Grupo: PCC

COMO SURGIU O PCC

Foto: Reprodução
O Primeiro Comando da Capital – PCC foi criado em 31 de agosto de 1993, no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), conhecido como Piranhão. Durante uma partida de futebol, oito presos resolveram batizar o time deles como Primeiro Comando da Capital.

Misael Aparecido da Silva, o Misa, Wander Eduardo Ferreira, o Cara Gorda, Antonio Carlos Roberto da Paixão, o Paixão, Isaías Moreira do Nascimento, o Isaías Esquisito, Ademar dos Santos, o Dafé, Antônio Carlos dos Santos, o Bicho Feio, César Augusto Roris da Silva, o Cesinha, e José Márcio Felício, o Geleião, foram escalados para defender a camisa do PCC e começar a organizar a facção, que dizia ter sido criada para "combater a opressão dentro do sistema prisional paulista”.

Enquanto o time da capital estava em quadra, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Idemir Carlos Ambrósio, o Sombra  estavam em uma cela separada, confinados.
A repórter Fátima Souza, que na época trabalhava para a TV Bandeirantes, fez várias matérias denunciando a existência do PCC. As autoridades, no entanto, negavam todos os dados da repórter dizendo que nenhuma facção criminosa existia nos presídios.

Em fevereiro de 2001, Sombra tornou-se o líder mais expressivo da organização ao coordenar, por telefone celular, rebeliões simultâneas em 29 presídios paulistanos. A megarrebelião foi amplamente noticiada pela mídia (inclusive internacional) e deixou um saldo de 16 presos mortos.  Cinco meses depois, Sombra foi assassinado por cinco membros da facção, numa disputa interna pelo comando geral do PCC. Enquanto tomava banho de sol na quadra do Piranhão ele foi espancado até morrer.

Com o assassinato de Sombra, Geleião e Cesinha assumiram a liderança e passaram a coordenar atentados violentos contra prédios públicos. Só então as autoridades da PM e da Secretária de Segurança Pública passaram a admitir a existência da facção.

Considerados radicais por uma outra corrente do PCC, mais moderada, Geleião e Cesinha foram depostos da liderança em novembro de 2002, quando Marcola assume de vez o grupo. Além de depostos, foram jurados de morte sob a alegação de terem feito delações à polícia.

Para conseguir dinheiro para o caixa da facção, os membros do PCC exigem que os integrantes presos do grupo paguem uma taxa mensal de R$ 50; os que estão em liberdade, R$ 500. O dinheiro é usado para comprar armas e drogas, além de financiar ações de resgate de presos ligados ao grupo.

Para se tornar membro do PCC, o criminoso precisa ser "batizado", ou seja, apresentado por outro que já faça parte da organização e que se responsabilize por suas ações junto ao grupo. Todos têm de cumprir um estatuto, redigido pelos fundadores reunidos no Piranhão, em 1993, com 16 itens.

Por: Ricardo Aguiar - RA: A0654G3
Grupo: PCC

SÃO PAULO SOB AMEAÇA

Foto: Reprodução
Super lotação, insalubridade, condições desumanas, tortura e desrespeito fomentaram a criação da maior facção criminosa do estado de São Paulo, o Primeiro Comando da Capital.

Logo, o estado criou as circunstâncias para o surgimento do PCC, que vem crescendo e se fortalecendo na capital desde 1993.

Segundo o Observatório de Segurança Pública do Estado, um em cada 262 adultos está na cadeia no Brasil. São Paulo, a maior cidade do país tem um terço dos detentos. Entre 1995 e junho de 2011, a taxa de encarceramento brasileira quase triplicou. É a terceira maior entre os dez países mais populosos.

Após os “crimes de Maio”, quando 74 unidades prisionais de São Paulo entraram em rebelião simultaneamente, o governo anunciou uma ampliação no sistema carcerário. Em 2008, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) planejou a inauguração de 49 unidades prisionais até 2011. Sendo que, apenas três foram cumpridas até fevereiro daquele ano.

Seis anos após a maior onda de violência que São Paulo viveu, as pessoas encarceradas no estado continuam sendo submetidas a condições desumanas.

Enquanto isso, o Estado investe pouco na Defensoria Pública do Estado, o que seria uma política efetiva, barata e imediata para melhorar a situação nas cadeias públicas.
Criada em 2005 para defender os presos que não podem custear um advogado, a instituição conta hoje com 500 defensores públicos para atuar em todas as áreas judiciais do estado de São Paulo.

A falta de vagas no sistema carcerário não é o principal problema, para o coordenador do Núcleo de Situação Carcerária da Defensoria, Patrick Cacicedo, “Eu discordo da tese da construção de novos presídios, pois ela legitima um irracional encarceramento. A questão está em limitar esse encarceramento”.

Além das condições precárias em que os presos vivem, as unidades prisionais vivem rodeadas de irregularidades e corrupção. São vários os escândalos envolvendo vendas de fugas, irregularidades em obras, tráfico de drogas e facilitação da entrada de aparelhos eletrônicos nas penitenciárias.

A segurança pública e o sistema carcerário de São Paulo continuam extremamente vulneráveis a ataques letais, como o de 2006.  Algumas unidades prisionais, inclusive, encontram-se mais superlotadas do que estavam em maio daquele ano. Segundo dados da SAP, as unidades que se rebelaram naquela época estavam com o grau de lotação de 147%, hoje estão superlotadas em 195%.

Enquanto não sanarmos os muitos problemas do nosso sistema carcerário, continuamos a mercê de uma facção criminosa que se diz fazer o que estado deveria: garantir os direitos dos presos.

Por: Adriana de Luca Gouvea - RA: A106812
Grupo: PCC

ENTREVISTA COM GUILHERME PORTANOVA, REPÓRTER SEQUESTRADO PELO PCC

Foto: Reprodução

Em meados de maio de 2006, ocorreu na cidade de São Paulo uma das maiores manifestações do crime organizado. O PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa de maior expressão da cidade, iniciou uma série de ataques contra as polícias Civil e Militar.

Após diversos ataques no mês de maio, em agosto do mesmo ano o repórter da Rede Globo de Televisão, Guilherme Portanova foi sequestrado em São Paulo, em uma padaria localizada na Av. Luis Carlos Berrini, zona sul de São Paulo, nas proximidades  da TV. Juntamente com ele, foi sequestrado um auxiliar técnico da Rede Globo, Alexandre Calado.

E como a sociedade ainda busca respostas com explicações contundentes para as ações do PCC naquele dado momento, nosso grupo se encontrou com o repórter Guilherme Portanova em Brasília, DF para entender o que aconteceu durante seu seqüestro. 

O sequestro foi atribuído à facção criminosa PCC. Alexandre Calado foi libertado na madrugada de sábado para domingo e a condição para a libertação de Portanova foi à exibição de uma gravação com as exigências dos bandidos para a melhoria do sistema penitenciário. A condição foi prontamente atendida pela rede de televisão.

Guilherme contou detalhes das 40 horas de sequestro e dos três cativeiros que passou durante o tempo em que ficou em poder dos seqüestradores. A conversa foi fluindo e o repórter contou que não tinha ideia de onde estava, mas sabia que durante o percurso para o cativeiro percorreu cerca de 40 minutos e que onde estava se tratava de uma mata fechada, pois durante o segundo dia de sequestro os seqüestradores o deixaram tirar as vendas, sem a presença dos mesmos.

“Eu não fui agredido e fui alimentado o tempo todo”, disse Portanova durante a entrevista.

Guilherme comentou que não passou por sua cabeça que seria solto, mas sim que eles o matariam após conseguirem ou não o que solicitaram. Os seqüestradores sempre falavam que ele seria colocado no microondas (queimado dentro do porta malas de um carro) e ele sempre afirmava que não tinha nada contra eles e que no mínimo merecia uma morte de soldado, com um tiro na cabeça de capuz. 

“Ali, naquele momento, eles sentiram talvez que tivessem concluído o serviço deles e resolveram me soltar,” conclui Guilherme.

O seqüestrador que liberou Guilherme confessou a ele que sabia que seu tempo de vida era curto, mas precisava do dinheiro, por isso estava fazendo isso. Pediu desculpas, pois sabia que esse fato iria fazer parte de toda sua vida.

Em dado momento Guilherme comenta que quando foi solto, só pensava em ver sua família e amigos, para avisar que estava bem. Não hesitou em dar entrevistas após o sequestro, pois sabia que muitas pessoas queriam saber o que aconteceu.

Confira essa entrevista na integra na apresentação do TCC do curso de jornalismo.

Por: Adriana Ferraz - RA: A02HCE-4
Grupo: PCC

EM NOITE COM CHUVA, OS PILOTOS ARRANCAM NA RETA DO AUTÓDROMO DE INTERLAGOS

Público é castigado pela chuva, mas não abandona o evento

Preparação dos carros para mais uma arrancada
Foto: Nelson Paliarussi

No último dia 21 de abril, o Autódromo José Carlo Pace, mais conhecido como Autódromo de Interlagos, recebeu mais uma etapa do racha noturno. Em umanoite chuvosa os carros despejaram potência na reta dos boxes do circuito, derraparam, e tracionaram de tal forma em que a traseira dos carros arrancou em forma de “s”.

Durante as disputas, o público teve que se locomover da área descoberta das arquibancadas, localizada no começo da reta dos boxes, para a área coberta, no meio da reta, por conta do mal tempo. As instalações não estavam bem colocadas, quanto menos sinalizadas, devido as reformas para ampliação das arquibancadas, devidoao Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, que ocorre em novembro deste ano

O evento é aberto para qualquer competidor, desde que este passe por uma inspeção de segurança do veículo e pague a taxa necessária. Os carros arrancam na reta principal da pista, porém a disputa é feita nos primeiros 200 metros da reta.Os carros são divididos por categorias, tração traseira e tração dianteira, que vão se enfrentando em etapas eliminatórias, até que as categorias se cruzam e começa a disputa pelo melhor da noite.

O público acompanha as disputas da arquibancada, com exceção nos dias de treino oficial, em que os espectadores ficam a beira do pit-lane (muro junto a reta, na qual ficam as equipes nas disputas de Fórmula 1, por exemplo) e podem ver os carros passando bem à sua frente. Os boxes ficam abertos, o público pode interagir com os competidores e olhar de perto os carros, que ficam expostos com os capôs abertos.

A um custo de R$15,00 o ingresso e R$20,00 o estacionamento, dentro do autódromo, a diversão é garantida e o cheiro de etanol exalando do motor turbo é reconhecido a uma distância considerável. As etapas ocorrem em média uma vez por mês, com treinos livres intercalando os eventos.O racha é legal e tem o apoio da Prefeitura de São Paulo, CET e Polícia Militar, já que é um evento que ajuda a acabar com os rachas de rua.

Por: Nelson Paliarussi - RA: A110DA-6
Grupo: "Autódromo de Interlagos"

VII MIL MILHAS BRASILEIRAS 1966

A história de uma das mais fantásticas corridas do Autódromo de Interlagos


Voltemos no tempo, para 19 de agosto de 1966, o Autódromo de Interlagos ainda possuía seu traçado original de 7.960 metros e ainda não se chamava José Carlos Pace porque neste dia, há 46 anos, ele estava na pista, junto com outras lendas como Bird Clemente, Luiz Pereira Bueno, Wilson e Emerson Fittipaldi.

Os pilotos correram mais de 14 horas a bordo de carros como Malzoni DKW, Karmann-Guia com motores Porsche, carreteras com motor Corvette e Willys Alpine,em busca do monumental troféu de um metro e oitenta que trazia a inscrição “Glória Imortal aos Vencedores da Mil Milhas Brasileiras”.

A largada foi dada, com trinta minutos de atraso, às 22 horas e 30 minutos. Na época fizeram ao estilo “Le Mans” (a corrida mais clássica do automobilismo mundial que ocorre na França desde 1923), com os pilotos correndo dos boxes em direção aos carros estacionados na reta, ligando e saindo com pé embaixo.

Em 1966, as coisas eram bem peculiares, tanto que os Vemag tiveram problemas para ligar, pois utilizavam motor dois tempos (parecidos com os de mobilete ou cortadores de grama, que misturam o óleo junto com a gasolina) que, somado a um tipo de óleo, necessitava que os carros fossem literalmente “chacoalhados” para pegar, para desespero dos pilotos.

Nas primeiras voltas os carros mantinham um ritmo forte para uma corrida de longa duração, com os líderes fazendo voltas em de 3min54s, com média de velocidade em 122,46 km/h, lembrando, no traçado antigo, com mais subidas, descidas e muito menos segurança, dos carros e da pista.
Durante á noite, não se via mais nada a não ser os faróis dos carros e um problema começou a surgir. O asfalto, recém colocado, começou a se soltar e quebrar os para brisas dos carros.

Ao surgir do Sol, as condições do asfalto eram tão precárias que alguns carros já haviam parado por problemas mecânicos, principalmente de suspensão. Na liderança, o Karmann-Guia de José Carlos Pace e Antônio Porto Filho, perdia a quarta marcha e o Malzoni DKW de Emerson Fittipaldi e Jan Balder começava a tirar a diferença.
Após 12 horas de corrida, os pilotos enfrentavam o asfalto podre, todos os problemas mecânicos possíveis e ainda lutavam com o próprio cansaço. Mesmo assim a disputa pelas posições era intensa e a corrida seguia em alto nível.

O final da corrida foi espetacular. O DKW de Emerson seguia firme na frente com Jan Balder ao volante, mas a carreteira Chevrolet de Camilo Christófaro e Eduardo Celidônio se aproximava com ritmo forte. Foi dada sinalização para Balder aumentar o giro do motor nas trocas de marcha para “fugir” do carro guiado por Celidônio.

Há apenas quatro voltas do fim (14 horas depois da largada), o motor dois tempos do DKW perdeu um dos cilindros e começou a se arrastar na pista. A carreteira de Celidônio passou pelo carro moribundo, mas não se sabia quanto combustível ainda havia no tanque.

Torcedores nas arquibancadas, barrancos, boxes e onde mais fosse, até na beira da pista, vibravam, torciam e se emocionavam com a disputa, quando o DKW parou no boxe e, sem poder desligar o motor, o mecânico trocou as velas de ignição enquanto tomava choques, já que o carro não podia ser desligado. A corrida parecia perdida para Emerson e Balder.

Celidônio com a corrida “ganha”, vinha pela reta dos boxes quando viu seus mecânicos sinalizando: o combustível não daria para completar a prova.

Ele parou no boxe, fez o reabastecimento deu a partida e... nada, o carro não pegava enquanto o DKW guiado por Balder apontava na reta dos boxes à três voltas do final e mais uma vez com um cilindro faltando. Em uma segunda tentativa a carretera saiu dos boxes em segundo lugar.

Balder tirava o máximo que podia dos dois cilindros restantes, mas não foi o bastante, nas ultimas curvas Celidônio ultrapassou e recebeu a bandeirada depois de intensas 14 horas 30 minitos e 30 segundos. Balder arrastando o carro até a linha de chegada ainda foi ultrapassado por outro DKW pilotado por Marinho Camargo na última curva.

No pódio Emerson Fittipaldi, com apenas 19 anos, chorava, mas Celidônio dizia profeticamente: “Não chora, garoto. Vocês fizeram uma grande prova e você ainda vai vencer muitas corridas em sua vida”.

Resultado final:

1. Camillo Christófaro e Eduardo Celidônio, carretera Chevrolet-Corvette n° 18, 201 voltas em 14h30min30s;
2. Mário César de Camargo Filho e Eduardo Scuracchio, Malzoni DKW nº 10, 201 voltas;
3. Jan Balder e Emerson Fittipaldi, Malzoni DKW nº 7, 201 voltas;
4. Norman Casari e Carlos Erimá, Malzoni DKW n° 4, 200 voltas;
5. José Carlos Pace e Antônio Carlos Porto Filho, Karmann-Ghia-Porsche n° 2, 200 voltas;
6. Jaime Silva e José Fernando ‘Toco’ Martins, carretera Simca n°. 26, 195 voltas;
7. Luiz Pereira Bueno e Luiz Fernando Terra Smith, Alpine n° 47, 195 voltas;
8. Wilson Fittipaldi Jr e Ludovino Perez Jr., Karmann-Ghia-Porsche n° 77, 192 voltas.

Por: Ricardo Varolli - RA: A1636D-5
Grupo: "Autódromo de Interlagos"



"Não chora, garoto, vocês fizeram uma grande prova",
disse Cledonio a Emerson
Foto: Reprodução