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Os morros e comunidades do Rio de Janeiro estão a cada dia dando um passo à frente para sua estruturação, tanto na área de segurança pública com a entrada da polícia pacificadora (UPP) nas comunidades, como desenvolvimento social com a participação de ONG’s.
Exemplo disso é morro Santa Marta, em Botafogo zona Sul do Rio de Janeiro, que conta com a participação da ONG Ação Social pela Música, e que em abril de 2009 implantou na comunidade o primeiro núcleo social de música clássica.
O projeto tem o objetivo de educar através da música e deixar a marca de equilíbrio e de amor à cidade na infância e na adolescência, fazendo com que o jovem tenha uma visão diferente e de disciplina em relação à vida, sendo coordenado pela violoncelista Fiorella Soares, viúva do maestro David Machado, idealizador e implantador desse projeto a 15 anos.
As crianças e adolescentes que fazem parte da ação social aprendem a tocar instrumentos como: violinos, violas, violoncelos e contrabaixos, que são acompanhados por um coral de 110 vozes, que também recebe jovens das comunidades da Babilônia, Chapéu Mangueira e Pavão-Pavãozinho.
O projeto é patrocinado pela Brookfield Energia Renovável (antiga Brascan) e pelo Instituto Embratel, que disponibilizam R$ 300 mil/ano pela Lei Rouanet, de incentivo à Cultura, e conta ainda com parceiros estrangeiros, como o Consulado Alemão no Rio, a Escola Alemã Corcovado (EAC), que doou parte dos instrumentos, e o RIOSOLIDÁRIO - Obra Social do Rio de Janeiro, que viabilizou o espaço na UPP Santa Marta para abrigar o Núcleo Ação Social pela Música.
Além de aprenderem a história da música, leitura das partituras e uso dos instrumentos, os jovens aprendem a importância da concentração, e a influência da música nas emoções.
Hoje, 30 estudantes do Santa Marta fazem parte da orquestra Ação Social pela Música. O restante dos alunos, de outras comunidades, é levado ao núcleo em vans alugadas pela ONG.
Para incentivar cada vez mais os jovens, novos núcleos do projeto vão ser instalados e outras comunidades pacificadas como da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, e no prédio do Centro de Referência a Juventude.
A ampliação do projeto não foca em formar profissionais, mas tem como missão educar o jovem e abrir portas, usando a música como um instrumento de interação na sociedade.
Por: Dayane Brito - RA: 843431-0
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