domingo, 27 de maio de 2012

ALZHEIMER: UMA DEFICIÊNCIA DA SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA


Foto: Reprodução

No Brasil, o número nos casos da doença de Alzheimer (DA) vêm crescendo consideravelmente nos últimos 20 anos. O aumento da expectativa de vida do brasileiro e a escolha por hábitos saudáveis com o intuito de se ter uma melhor qualidade de vida, contribuem para o crescimento da longevidade da população no país e consequentemente com a maior incidência de doenças que acometem idosos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Censo Demográfico de 2010, a população de idosos com 65 anos ou mais representava 7,4%, o que significa cerca de 14 milhões de pessoas. Estes dados se traduzem no desafio que o governo tem anualmente em sustentar o sistema previdenciário e de saúde, refletindo em seus serviços que acabam sendo mal prestados e administrados.

Neste patamar de números, o Alzheimer atinge quase 6% desses indivíduos. Por ser uma doença que ainda não possui cura e de difícil diagnóstico por ter similaridade de sintomas com outras doenças neurológicas, há a preocupação em atender essa demanda de casos que surgem diariamente com a criação de programas de saúde voltados à terceira idade.  Em 2002, o Ministério da Saúde publicou uma portaria que instituiu que o Sistema Único de Saúde (SUS), passasse a atender esses pacientes. O Programa de Assistência aos Portadores da doença de Alzheimer formam uma rede de centros de referência no diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes, além de fornecer orientação aos familiares. Até este ano, existem vinte e seis Centros de Referência da Doença do Alzheimer espalhados pelo Brasil, entre eles está o Hospital das Clínicas, localizado na capital.

“O idoso não pode ser esquecido pela sociedade, principalmente quando é diagnosticado com o Alzheimer. É uma doença que faz o individuo perder a identidade e a projetar-se em um mundo próprio, o que acaba causando impacto no ambiente que vive, principalmente em suas relações sociais.” diz Vera Caovilla, responsável pela presidência da regional de São Paulo da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). A associação tem grupos de apoio espalhados pelo país, que promovem periodicamente encontros para trocar informações e experiências sobre a doença, além de transmitir conhecimento de como se tratar diariamente o individuo diagnosticado, com qualidade tanto para essa pessoa, como para quem convive com ela.

O tratamento desses pacientes requer um aparato não só médico, mas também de auxílio e orientação familiar, permitindo ao individuo que foi diagnosticado com a doença, apoio e reintegração social diária. Os sintomas da DA são sentidos de formas diferentes em cada portador e familiar que tenha contato constante com a doença. É importante lembrar que o tratamento de uma paciente é de um custo financeiro alto, o que gera grandes impactos na gestão e de investimento da área de saúde.

Há uma preocupação com os serviços fornecidos pelo governo brasileiro, pois eles se encontram sobrecarregados e não atendem atualmente a demanda de pacientes. Este é um desafio para gestão pública das organizações governamentais, de cuidar de sua população idosa com qualidade e fazer jus do direito que o cidadão tem de utilizar serviços básicos que contribuam para melhoria de vida.

Por: Isabelle Pereira - RA: A30AGA-9
Grupo: Documentário: Alzheimer

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